5 pontos a serem considerados ao estruturar uma carteira de investimentos
Neste Dia dos Pais, especialistas discutem o que deve ser prioridade ao investir.
Não é preciso ser pai para saber que a chegada de um filho transforma tudo. Inclui alterações na rotina e adaptações na casa para acolher o bebê, uma mudança sutil, talvez a mais significativa: os pais relatam que suas prioridades se modificam com o nascimento dos filhos. Nos investimentos, não é diferente: os planos para as crianças (ou até mesmo adultos) surgem nas planilhas e alteram a forma como os pais investem e administram suas finanças.
Aqueles que ainda não são pais costumam ter um planejamento financeiro direcionado a objetivos individuais, ao passo que, para um pai, “o planejamento assume novas dimensões: as metas abrangem agora a família, incluindo despesas com educação, saúde e entretenimento dos filhos”, afirma Júlia Wazlawick, especialista em finanças e embaixadora da W1.
Neste Dia dos Pais, seguindo recomendações de especialistas da InfoMoney, aqui estão cinco aspectos que pais ou futuros pais devem ponderar ao investir e gerenciar suas finanças.
Tempo é dinheiro
Wazlawick afirma que “o tempo é o maior aliado do investidor”. Para os pais, iniciar cedo, mesmo com pouco, é essencial para um planejamento de sucesso. Além disso, é preciso estabelecer objetivos claros, lembra Julio Ortiz, CEO e co-fundador da CX3 Investimentos. “Jamais alguém se arrependeu de iniciar sua poupança cedo e quando você vai construindo sua carteira sabendo o que quer, a chance de acertar é muito maior”, diz.
O especialista destaca o Tesouro Educa+ como uma opção “sensacional” de instrumento que auxilia em um objetivo – neste caso, o estudo.
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Na seleção dos ativos para a carteira, o ideal é equilibrar com investimentos de renda fixa, como Tesouro Direto ou CDBs, que oferecem segurança e liquidez, e complementar com ativos de maior risco, como Fundos Imobiliários (FIIs) e ETFs, visando um retorno superior e o crescimento do patrimônio dos filhos.
Pais podem demonstrar grande determinação em seus investimentos
Com a Selic em 15% ao ano, a renda fixa oferece segurança e rentabilidade atrativa, adequada para quem não deseja oscilações ao longo do caminho. “Além de transmitir valores, o pai busca deixar um patrimônio que ajude no início da vida adulta com mais segurança e previsibilidade”, pontua Anderson Schlickmann, consultor de Investimentos da Viacredi, cooperativa do Sistema Alios. Como esse objetivo muitas vezes surge da dificuldade que os pais enfrentaram, muitos preferem a alta liquidez e baixa volatilidade da renda fixa tradicional, explica Schlickmann.
Contudo, ativos de renda variável, como ações e FIIs, também podem fazer parte das carteiras dos investidores, sobretudo se o investidor já possui uma reserva de emergência para cobrir despesas inesperadas, afirma Schlickmann. Desta forma, o investidor tem segurança e “pode alocar com uma parte de sua carteira”.
O seguro de vida pode ser um importante auxílio
Ademais dos investimentos convencionais, o seguro de vida é destacado por Júlia Wazlawick como uma “ferramenta importante para assegurar proteção financeira imediata”. É evidente que todo pai deseja estar presente por muitos anos, mas esta é uma aplicação que oferece aos responsáveis a tranquilidade de que sua família estará amparada financeiramente em caso de falecimento ou incapacidade.
A sugestão de Ortiz é iniciar com um seguro que apresente um prêmio significativo quando a família está no início da jornada de formação de patrimônio. “À medida que aumento minha poupança, a necessidade de um prêmio maior diminui; você vai ajustando o tamanho do seguro de vida”, aconselha o especialista.
A aposentadoria não beneficia apenas você
De acordo com o Raio-X do Investidor, da Anbima, metade dos brasileiros acredita que sua principal fonte de renda futura não virá da Previdência Social. Contudo, 82% afirmam não ter reservas para a aposentadoria. Uma das preocupações comuns dos pais é não depender financeiramente dos filhos no final da vida. A aposentadoria, portanto, também entra na lista de investimentos essenciais.
De acordo com informações do Tesouro Nacional, 53,5% dos investidores do Tesouro Direto possuíam até 35 anos em junho do ano corrente, o que, para Julio Ortiz, indica que “os jovens estão mais conscientes em relação à construção de poupança e aposentadoria; há muito mais oportunidades e instrumentos do que antigamente”.
Existem diversas alternativas para o investimento na aposentadoria, como a previdência privada (VGBL ou PGBL), o Tesouro RendA+, fundos de renda fixa, ações que distribuem dividendos e Fundos Imobiliários – que geralmente remuneram seus investidores mensalmente.