A China observa queda na produção industrial e nas vendas no varejo em julho

A suspensão temporária das tarifas entre China e Estados Unidos, estendida por 90 dias, evitou que as taxas impostas pelos EUA a produtos chineses ating…

2 min de leitura

A produção industrial chinesa atingiu o menor patamar em oito meses em julho, e o consumo de bens desacelerou significativamente, intensificando a pressão sobre o governo para adotar novas políticas de estímulo e mitigar impactos externos.

Os índices de baixo desempenho aparecem quando os órgãos competentes lidam com múltiplas pressões, incluindo as políticas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as condições climáticas extremas, a intensa concorrência no mercado interno e a persistente crise no setor imobiliário.

O crescimento industrial avançou 5,7% em julho em relação ao ano anterior, conforme dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira, sendo a leitura mais baixa desde novembro de 2024, em comparação com um aumento de 6,8% em junho. A pesquisa da Reuters previa um aumento de 5,9%.

O desempenho das vendas no varejo, um termômetro do consumo, registrou um crescimento de 3,7% em julho, o menor ritmo desde dezembro de 2024, diminuindo em relação ao avanço de 4,8% no mês anterior. A previsão era de um aumento de 4,6%.

LEIA TAMBÉM!

Uma trégua comercial temporária entre a China e os Estados Unidos, estendida por mais 90 dias, evitou que as tarifas americanas sobre produtos chineses voltassem a níveis excessivamente altos. Contudo, as margens de lucro das indústrias chinesas permanecem impactadas pela baixa demanda e pela queda nos preços praticados aos produtores no país.

A economia necessita significativamente do suporte do governo, e o problema reside no fato de que essas medidas foram implementadas com antecedência para os primeiros meses de 2025, e, atualmente, seu efeito está um pouco atenuado, afirmou Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit.

Essa medida de apoio contribuiu para que a segunda maior economia do mundo evitou uma prevista desaceleração, além das indústrias que se beneficiaram do período de comércio entre os Estados Unidos e a China para realizar envios, embora especialistas apontem que a baixa demanda no país e os riscos globais impactem o crescimento nos próximos trimestres.

O investimento em ativos fixos apresentou um crescimento de 1,6% nos primeiros sete meses do ano, em comparação com 2,7% e 2,8% no primeiro semestre anterior.

As empresas podem estar utilizando a capacidade já existente, em vez de investir na construção de novas fábricas, afirmou Yuhan Zhang, economista principal do China Center do The Conference Board.

Recentemente, Pequim intensificou as medidas e fez promessas para estimular o consumo doméstico e restringir a concorrência excessiva de preços, à medida que as autoridades se esforçam para elevar o crescimento econômico em direção à meta do governo para 2025 de cerca de 5%.

Fonte por: InfoMoney

Autor(a):

Sair da versão mobile