A maioria dos brasileiros não utiliza a inteligência artificial generativa, como o ChatGPT, de acordo com estudo

Estudo aponta que 93% da população possui contato indireto com a tecnologia, porém, mais de cinquenta por cento nunca empregou ferramentas de produção d…

19/08/2025 17:04

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Um novo levantamento da Datafolha e do Observatório Fundação Itaú, publicado nesta terça-feira (19), revela que a maioria dos brasileiros não utiliza a inteligência artificial generativa, incluindo o ChatGPT e o Midjourney.

A pesquisa indica que 93% dos entrevistados empregam, de maneira indireta, serviços com inteligência artificial incorporada, em plataformas de redes sociais (89%), sistemas de recomendação de filmes e músicas, incluindo o YouTube (78%) e aplicativos de navegação, como Waze e Google Maps (63%).

Contudo, no que diz respeito à produção de qualquer tipo de conteúdo, seja texto ou imagem, a utilização de ferramentas diminui. Aproximadamente 57% nunca empregaram geradores de texto e 69% nunca utilizaram ferramentas de geração de imagem.

O ChatGPT atingiu seus limites?

A pesquisa do Datafolha coletou dados de 2.798 pessoas com idade superior a 16 anos, abrangendo todas as regiões do país, entre os dias 7 e 15 de julho. O estudo apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.

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Conhecimento limitado e seu papel na educação.

Apesar de a maioria dos brasileiros ter conhecimento sobre inteligência artificial, apenas um pouco mais de metade compreende o seu conceito. Quatro em cada três pessoas relatam que a tecnologia está presente em suas rotinas e cerca de um terço afirma sentir sua influência de forma significativa.

Na educação, a percepção é majoritariamente positiva. Sete de cada dez entrevistados (69%) consideram que a IA facilita bastante os estudos; 75% relatam ter adquirido conhecimento novo com seu uso e 90% acreditam que o domínio consciente da ferramenta deveria ser ensinado a todos os alunos. Contudo, a confiança não é total: 56% dos usuários revisam sempre as respostas obtidas.

Visão sobre trabalho e saúde

Em relação ao mercado de trabalho, a opinião pública se mostra divergente. Cerca de 51% não considera a tecnologia como uma ameaça ao emprego, enquanto 49% teme ser substituído. Ademais, 43% identifica efeitos positivos no desempenho de suas atividades.

A pesquisa também evidenciou um uso crescente na área da saúde mental: 45% já utilizaram a IA para lidar com a ansiedade, buscar orientações pessoais ou apenas conversar. Desses, 58% relataram ter sentido benefícios. Contudo, especialistas enfatizam que o recurso não substitui o acompanhamento profissional.

Preocupações e expectativas.

A pesquisa aponta como principais preocupações o uso inadequado de dados pessoais (42%), o risco de vigilância ou manipulação (36%) e o receio de desemprego em massa (34%). A disseminação de notícias falsas também é mencionada por 31% dos entrevistados.

Apesar dessas preocupações, diversos indivíduos identificam possibilidades. Quarenta e um por cento acredita que a IA impulsionará desenvolvimentos científicos, educacionais e tecnológicos; trinta e nove por cento espera melhorias notáveis nos diagnósticos médicos e nos tratamentos.

Fonte por: InfoMoney

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