A PF investiga Silas Malafaia por obstrução em processo da tentativa de golpe

Eduardo Bolsonaro também está envolvido no mesmo processo em que pastor figura, tendo sido responsável pelo pedido da Polícia Federal para a prisão domi…

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A Polícia Federal integrou o pastor Silas Malafaia ao inquérito que investiga Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo por ações contra autoridades, o Supremo Tribunal Federal (STF) e agentes públicos, na tentativa de obstruir o processo que apura a tentativa de golpe de Estado.

Refere-se ao mesmo esquema que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos para influenciar a atuação do Judiciário. Os delitos sob análise incluem a coação no decorrer do processo, a obstrução de investigação de organização criminosa e a tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito.

O líder da igreja coordenou a manifestação em apoio a Jair Bolsonaro em 3 de agosto, data em que o ex-presidente compareceu por vídeo, transmitido por meio de plataformas digitais de indivíduos distintos. Na sequência, Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro.

Em declarações à imprensa e nas redes sociais, Malafaia afirmou desconhecer formalmente a investigação e negou ter cometido crimes. “Não falo inglês, não tenho contato com autoridades americanas. Isso é mais uma prova de perseguição política”, afirmou à Folha. Ele também criticou Moraes, defendendo seu impeachment e dizendo que o ministro “instituiu o crime de opinião”.

Em vídeo publicado nesta quinta-feira (14), Malafaia declarou: “Escolheram o cara errado. Eu não tenho medo”. Ele questionou a atuação da PF e comparou a situação a regimes autoritários.

LEIA TAMBÉM!

A denúncia contra Eduardo Bolsonaro foi apresentada a pedido da Procuradoria-Geral da República e, em seguida, incorporou Jair Bolsonaro. A Polícia Federal alega que pai e filho agiram de maneira coordenada para influenciar o Supremo Tribunal Federal.

Nos ambientes digitais, os herdeiros do ex-presidente defenderam o religioso. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) escreveu que Moraes “continua investindo tempo e recursos públicos para assediar aqueles que expressam descontentamento com o governo”. Eduardo Bolsonaro declarou que Malafaia somente promoveu uma reunião pacífica e comparou a situação no país com a da Venezuela.

A apuração, aberta em maio e conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes no STF, também visa identificar articulações para buscar sanções internacionais contra o Brasil. A investigação resultou no pedido da PF por prisão domiciliar de Jair Bolsonaro — que acabou sendo primeiramente convertida em medidas cautelares, antes da prisão por violação das condições impostas por Moraes.

Fonte por: InfoMoney

Autor(a):

Sair da versão mobile