A porta-voz do Swift afirma que o sistema “não está sujeito a sanções arbitrárias”
A Swift está sediada na Bélgica e submete-se à legislação da União Europeia (UE), e não às decisões dos Estados Unidos.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, reuniu-se nesta quinta-feira, 14, na sede da Pasta, com o Chefe Global de Assuntos Corporativos do Swift, Hayden Allan.
O Swift tem sua sede na Bélgica e segue a legislação da União Europeia (UE), e não as decisões dos Estados Unidos. Conectando 11.500 instituições financeiras, o sistema global de mensagens interliga mais de 200 países.
Durigan anunciou que teve uma excelente conversa com Hayden Allan, da Swift, que operacionaliza o maior sistema de integração bancária global. Hayden esclareceu que a Swift, sediada na Bélgica, segue o marco legal europeu e não está sujeita a sanções arbitrárias de países específicos.
Em julho, o governo dos Estados Unidos implementou a Lei Magnitsky, que contempla sanções financeiras a indivíduos ou organizações, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
De acordo com Durigan, Allan esclareceu que o sistema trata transações em diversas moedas e tem aumentado a participação de países emergentes em seu conselho de administração.
Leia também:

Fiskal propõe aumento das regras de ressarcimento do ICMS na fazenda

Brasil abre o mercado indonésio para carne bovina com osso, miúdos e demais partes

Em 2024, os recursos da União alcançaram o valor de R$ 678 bilhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Planejamento
O secretário-executivo afirmou: “Reafirmei que o Brasil é um país soberano, democrático e autônomo, que respeita todos os países e exige reciprocidade. Como nação comprometida com o multilateralismo e a integração global, foi gratificante confirmar que somos um dos maiores usuários do Swift mundialmente”.
De acordo com o que foi divulgado pelo Estadão/Broadcast no final de julho, o governo brasileiro acompanhava a chance de o País ser removido do Swift pelos Estados Unidos, similar ao que a União Europeia realizou em 2022 com bancos russos após a invasão da Ucrânia.
Para um observador do setor econômico, o cenário atual não justificaria uma ação dessa natureza, contudo, considerando as recentes medidas no âmbito comercial, com a política de tarifas do governo Donald Trump, nada mais pode ser descartado.
Fonte por: InfoMoney