A queda das ações da Petrobras (PETR4) foi influenciada pelo comunicado da empresa

A Petrobras (PETR4) também anunciou novos investimentos em programas de distribuição.

11/08/2025 13:24

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A Petrobras (PETR4) apresentou os resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) e comunicou a distribuição de R$ 8,66 bilhões em dividendos aos acionistas. Segundo Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, os números foram consistentes, apesar de um trimestre com forte queda no valor do petróleo.

Apesar de dados robustos, as ações da PETR4 apresentaram uma queda superior a 6% na última sexta-feira (8).

De acordo com Hungria, dois fatores podem ter influenciado negativamente o desempenho da ação:

Em relação ao primeiro fator, os dividendos divulgados pela empresa representam um dividend yield de 2%, inferior ao esperado pelo mercado. “Deve melhorar com o aumento da produção ao longo do ano”, avalia o analista Ruy Hungria.

A segunda questão é mais preocupante. A empresa divulgou, na quinta-feira (7), que seu Conselho de Administração aprovou, no âmbito do Plano Estratégico, a inclusão do posicionamento em distribuição nos segmentos de RTC, G&E, e Baixo Carbono.

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A principal ênfase da comunicação foi na distribuição de gás de cozinha GLP, contudo, os investidores expressaram preocupação em relação ao anúncio, considerando o desempenho passado da empresa.

Petrobras reinicia investimentos em distribuição.

O segmento de distribuição não é novidade para a Petrobras, que, inclusive, criou a Vibra (VBBR3) na década de 1970 – originalmente BR Distribuidora.

A Petrobras deixou esse setor ao vender sua participação na Vibra. É um segmento complicado para uma empresa estatal, que apresenta margens muito baixas, exige grande logística e demanda um alto comprometimento com a redução de custos. Isso não se adequa a uma estatal, fato que explica a ausência de resultados expressivos da BR Distribuidora.

O especialista indica que o movimento pode estar relacionado a questões políticas, com o poder executivo vigente em busca de valores mais adequados para os combustíveis.

Hungria argumenta que não se compreende assim, os preços têm muita questão de impostos, tanto que a margem do segmento de distribuição é e sempre foi muito baixa.

Hungria complementa que seria mais adequado que a empresa aumentasse seus investimentos na extração e produção de petróleo, principal fonte de lucratividade da Petrobras e que voltou a ser um foco nos relatórios trimestrais.

Ainda assim, o dividend yield da Petrobras permanece em um nível interessante.

Apesar da notícia negativa, o analista considera que a queda de 6% na ação foi excessiva, considerando os resultados operacionais da empresa e o corte temporário nos dividendos.

Hungria conclui que o dividend yield permanece acima de 10% e, por isso, a mantém na carteira de dividendos.

O analista é responsável pela carteira de dividendos da casa e a Petrobras está entre as selecionadas. Para verificar as demais ações do portfólio de maneira 100% gratuita, basta clicar neste link.

Fonte por: Empiricus

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