A Universidade de SP (USP) apura caso de símbolo da hégemonia nazista grafado em sala de aula
Sugestões iniciais apontam que o esboço foi produzido após a saída de um professor da sala, responsável por ministrar aulas para o curso de Psicologia.
A Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) iniciou uma apuração para determinar a autoria de um símbolo suástica presente em uma lousa de uma sala de aula do Campus Monte Alegre, em Perdizes (zona oeste), na quinta-feira, 14.
Dados preliminares apontam que a imagem foi produzida após a saída de um professor da disciplina de Psicologia. A Universidade de São Paulo (USP) declara que o ocorrido contraria os princípios da instituição.
Foi desenhado um símbolo nazi em giz e, ao lado, foi escrita uma frase ofensiva ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Luladrão vai para o inferno”.
A reitora, Carla Reis Longhi, direcionou o caso para o Núcleo de Mediação e Justiça Restaurativa, instituído este ano para auxiliar estudantes em situações de intolerância e discriminação.
Leia também:

Câmara deve votar projeto de urgência que isenta Imposto de Renda para renda de até R$ 5 mil

Lula enviou carta de convite a Trump para a COP30 e não recebeu resposta, afirma o diretor do evento

Promotoria investiga empresários após denúncia contra prefeito em São Bernardo
Determina-se a instauração imediata de um procedimento para apuração da autoria, circunstâncias e eventual responsabilidade relacionadas ao referido ato, com a devida tramitação nos termos das normas aplicáveis.
Até a publicação deste texto, ninguém havia assumido a autoria do desenho.
A suástica foi adotada como símbolo do nazismo no século XX e passou a ser associada ao ódio e ao antissemitismo propagados pelos nazistas.
O Centro Acadêmico do curso de Psicologia comunicou ter realizado uma reunião com a pró-reitora, que relatou aos estudantes que “medidas estão sendo implementadas”.
O grupo estudantil declara não desejar conceder entrevistas nem divulgar o desenho, a fim de evitar que a mensagem seja repercusão por parte de grupos extremistas, que se aproveitam da exposição para disseminar ódio e intimidar a comunidade.
A reportagem obteve a imagem do desenho de um estudante que preferiu não ter o nome divulgado.
Casos recentes de discriminação
A instituição de ensino superior necessitou tratar de questões relacionadas a conduta estudantil.
No final de 2024, estudantes da PUC-SP foram vistos utilizando linguagem ofensiva contra alunos da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.
Em março deste ano, a parede de um banheiro da PUC-SP foi vandalizada com frases discriminatórias e ofensivas contra árabes. “A PUC não é para árabe. A PUC é nossa. A reitoria é nossa”, dizia uma das pichações.
O incidente foi reportado por um docente de origem árabe. Na ocasião, a Reitoria da PUC-SP manifestou seu repúdio, removeu as declarações ofensivas e também instaurou uma investigação para analisar o ocorrido.
Fonte por: InfoMoney