A XP Investimentos demonstra resiliência e mantém resultados sólidos, afirma a XP Asset

O XPIE11 concluiu o segundo semestre de 2025 devido ao aumento do corte de fornecimento, porém os pagamentos continuam.

20/08/2025 8:44

3 min de leitura

O XP Infra II (XPIE11), fundo de infraestrutura da XP Asset Management, finalizou o segundo trimestre de 2025 com desempenho afetado pelo progresso do curtailment – reduções na geração de energia devido a restrições na rede de transmissão – em parte de seus ativos solares e eólicos.

Apesar do desafio, a gestora ressaltou que a carteira permanece resiliente, com distribuições robustas e perspectivas positivas para os próximos trimestres, conforme Tílio Machado, head de infraestrutura da XP Asset, e Eduardo Borges, do time de infraestrutura da XP Asset.

O corte é destacado como o principal foco em ativos como Apodi e Vila Acre I e II, contudo, a gestora assegura a geração de caixa e efetua distribuições significativas aos acionistas.

O fundo, organizado sob a estrutura FIPE, possui atualmente 11.120 investidores e já distribuiu R$ 61,41 por cota desde sua criação, em 2019. No período, o valor patrimonial da cota ficou em R$ 82,86, e a soma da cota de mercado mais as distribuições totalizou R$ 133,44.

Variedade entre diversos segmentos.

O XP-IE apresenta diversificação entre diversos segmentos de infraestrutura e flexibilidade para investir em ações e crédito, com a maior parte do portfólio em ações e exposição significativa à transmissão, que se destaca como o segmento mais resistente.

Leia também:

Na usina solar de Apodi, no Ceará, Eduardo Borges afirmou que as interrupções têm ocorrido com frequência, porém o empreendimento ainda possui benefícios, como tarifas vantajosas indexadas ao IPCA e o reajuste positivo de multas que deverá resultar em estorno de R$ 20 milhões ao longo do ano.

Parques eólicos

Nos parques ecológicos Vila Acre I e II, adquiridos em 2023, os ativos estão expostos ao corte, porém até o momento não ocorreram desembolsos em dinheiro. Desde a aquisição, os parques já distribuíram mais de R$ 70 milhões ao fundo, correspondendo a quase um terço do valor investido, mantendo resultados expressivos mesmo em cenário desafiador.

A expectativa de alteração regulatória também motiva a administração. A Medida Provisória 1.300, em análise no setor elétrico, pode aumentar a lista de restrições que são passíveis de reembolso, diminuindo o efeito imediato sobre os produtores. Atualmente, o desvio de fluxo é encarado como perda líquida de 12% da receita, porém, se a regulamentação for aprovada, uma parcela desse valor poderá ser devolvida, otimizando o resultado financeiro.

Garantia de recursos financeiros para os empreendimentos.

Um ponto relevante do período foi a alocação de 43 milhões de reais por meio da holding Alameda Acre, após nove meses de negociação com o Banco do Nordeste, o que sustentou a liquidez dos empreendimentos, ainda com impacto das restrições.

Além dos ativos sujeitos a curtailment, os projetos de transmissão da carteira, como Arteon e Parnaíba, mantêm-se estáveis, com margens superiores a 80% e alta disponibilidade operacional, sendo ativos consolidados, com financiamentos de longo prazo estruturados e sem ocorrências significativas.

Apesar do cenário desafiador, os gestores mantêm visão positiva sobre o XP-IE, que atualmente oferece retorno próximo a IPCA + 13%, com spread superior a 500 pontos em relação à NTN-B, com potencial de distribuição consistente e carteira resiliente.

Fonte por: InfoMoney

Autor(a):