Ações da Hapvida sobem após divulgação de resultados e projeções de crescimento
A empresa reiterou suas elevadas previsões de expansão da carteira de clientes por telefone.
As ações da Hapvida (HAPV3) mostram ganhos significativos nesta quinta-feira (14), após os resultados do segundo trimestre de 2025, apresentados na noite da última quarta-feira. Até às 10h55 (horário de Brasília), os ativos HAPV3 avançavam 7,14%, a R$ 37,37, liderando os ganhos do Ibovespa.
A companhia de planos de saúde obteve lucro líquido ajustado de R$ 148,9 milhões no segundo trimestre, queda de 69,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido a um desempenho operacional inferior.
De acordo com o Bradesco BBI, o resultado do 225 da Hapvida foi majoritariamente positivo, considerando as aquisições de clientes (57 mil vidas, em oposição à perda de 70 mil no 1T25) e a previsão de zero do BBI.
O EBITDA de R$ 845 milhões (corrigido para R$ 202 milhões em provisão de ressarcimento do SUS e R$ 48 milhões em impactos não recorrentes em outras despesas operacionais) apresentou uma queda de 2% em relação às estimativas, ao mesmo tempo em que o resultado financeiro de R$ 345 milhões (ajustado para R$ 72 milhões referentes a encargos retroativos do SUS e à redução de depósitos judiciais) registrou um crescimento de 3% em relação às previsões.
A receita líquida aumentou 7,3% em comparação com o ano anterior, com a sinistralidade (caixa) elevando-se 2,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (em consonância com a sazonalidade).
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A margem EBITDA sobre a receita ajustada recuou 2 pontos percentuais em comparação com o ano anterior, conforme previsto, atingindo 11% – contudo, a ocorrência negativa se deu pelo acréscimo na provisão para ressarcimento do SUS, com a Hapvida projetando um aumento para 1,2 a 1,5% da receita (em oposição aos 1,1% estimados pelo banco), conforme destacado pelo BBI. A geração de caixa foi de R$ 148 milhões (prejudicada negativamente por R$ 203 milhões devido ao incremento dos depósitos judiciais do SUS), inferior aos R$ 181 milhões que projetávamos, considerando R$ 250 milhões do SUS. Por fim, os novos depósitos judiciais civis mantiveram-se estáveis em R$ 135 milhões (R$ 136 milhões no 1T25).
Após a publicação dos resultados, o BBI manteve a recomendação de compra para HAPV3, com base principalmente na avaliação atual das ações, que negociam a 8,6 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) para 2026, além de melhores perspectivas de crescimento, com adições líquidas revertendo a tendência negativa.
A XP Investimentos destacou que a Hapvida obteve desempenho isento de variações no segundo semestre, influenciado por fatores não recorrentes e pela complexidade das tendências observadas. Com a consolidação da aquisição do NDI, a empresa ajustou sua estrutura de custos e despesas, e a administração identificou gastos diretamente ligados às operações de assistência. Tais despesas foram reclassificadas como custos assistenciais, o que gerou um MLR (Índice de sinistralidade) projetado mais alto em relação aos valores divulgados em períodos anteriores.
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O Itaú BBA ressaltou, ainda, a teleconferência da empresa. No encontro, a companhia evidenciou suas robustas previsões de expansão da carteira de clientes, motivada pelo reforço da oferta de produtos e pelo aprimoramento do relacionamento com seguradoras.
A empresa também esclareceu ao mercado os impactos isolados que afetaram os resultados do trimestre, incluindo as provisões extraordinárias do SUS e a realocação de despesas para custos. “No geral, o feedback do lado comprador sobre a teleconferência foi positivo, com as principais preocupações antes dos resultados – crescimento da base de beneficiários, MLR de caixa e o impacto de ações concretas – sendo abordadas pelos resultados e pela discussão atual. Considerando a recente fraqueza da ação desde os resultados do 1T25, esperamos uma reação positiva do mercado hoje”, destacou, em relatório antecedente à publicação dos resultados.
Fonte por: InfoMoney