A Taesa (TAEE11) registrou resultados no segundo trimestre inferiores às previsões. A empresa elétrica divulgou R$ 220 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) e R$ 79 milhões em dividendos, totalizando R$ 299 milhões (100% de payout), com pagamento previsto para 27 de novembro. As ações estão sendo negociadas sem direito a voto a partir de 19 de agosto.
Apresentada a tabela com os valores indicados abaixo.
Apesar da Taesa ter demonstrado um desempenho operacional de alta qualidade no setor de transmissão de energia, o Morgan Stanley manteve recomendação de venda para a Taesa, com preço-alvo de R$ 30, devido à avaliação pouco atrativa, à alta alavancagem e aos riscos nos próximos leilões de transmissão.
O JPMorgan, por sua vez, aponta que o desempenho do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou pressionado por receitas regulatórias inferiores ao esperado, refletindo o atraso na inauguração de um projeto novo (linha de transmissão Ananai), e por despesas operacionais 15% acima das projeções, decorrentes de provisões e custos mais elevados em subsidiárias.
A dívida líquida da empresa cresceu R$ 140 milhões no período, mantendo a endividamento em 4,1 vezes a relação entre dívida líquida e EBITDA. Assim, o JPMorgan manteve recomendação similar à venda, com preço-alvo de R$ 30,50.
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A Genial Investimentos considerou que a Taesa apresentou resultados alinhados às previsões e ao entendimento do mercado. A empresa registrou um aumento de 5,3% no Ebitda regulamentar em relação ao ano anterior, devido a receitas mais fortes com a incorporação da Pitiguari e o incremento da Novatrans, parcialmente atenuadas por despesas elevadas, notadamente pelas maiores reservas de contingência.
A corretora ressaltou que os aspectos cruciais a serem considerados são o acompanhamento do endividamento, que permaneceu em 4,1 vezes Patrimônio Líquido/EBITDA, e a evolução dos projetos da empresa.
Apesar do avanço da receita com a implementação de um projeto, a Genial avaliou o impacto como positivo, porém sem gerar uma transformação significativa no desempenho da empresa. O nível de endividamento foi considerado um ponto de atenção, relacionado ao desafio de expandir a transmissora para novos ativos. A Genial manteve a recomendação neutra e o preço-alvo em R$ 16.
O BTG ressaltou que a receita líquida atingiu R$ 621 milhões, impulsionada pela valorização de ativos, reforços e ajustes da RAP indexada ao IPCA, que contrabalegaram a deflação em RAP vinculadas ao IGP-M. Adicionalmente, o lucro líquido regulatório foi de R$ 299 milhões, superior ao projetado, devido a menores custos financeiros e benefícios fiscais.
O BTG manteve a recomendação de venda e preço-alvo de R$ 35.
Fonte por: InfoMoney