Analista afirma que se trata de uma postura de vigilância constante em relação ao desempenho do Banco do Brasil (BBAS3) no segundo semestre de 2025; confira a recomendação
Felipe Miranda e Larissa Quaresma discutem o desempenho do Banco do Brasil (BBAS3) no segundo semestre de 2025. Veja.
O balanço trimestral do Banco do Brasil (BBAS3) não transmitiu otimismo para o segundo trimestre. Apesar do cenário apontar para resultados negativos, o resultado final foi ainda mais decepcionante.
No período de 2T25, o BB obteve um lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, com uma redução de 60% em comparação com o ano anterior, e um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de apenas 8%.
Com o balanço em curso, a nova orientação do Banco do Brasil elevou o lucro previsto para 2025 de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões, uma redução significativa em relação às estimativas de maio (R$ 37 bilhões e R$ 41 bilhões).
O principal “vilão” do balanço do Banco do Brasil é o agronegócio.
A analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, aponta que o resultado do banco apresentou um índice máximo histórico de inadimplência no setor agro.
O crédito agrícola é muito cíclico. Nas projeções da Safra 2024/25, feitas no meio do ano passado, a soja e o milho estavam em patamares muito mais altos. Ninguém esperava que Trump fizesse um movimento tão brusco e tão cedo no governo, que derrubou os preços das commodities em quedas de 15% a 20%. Isso gerou um crédito meio “impagável” apesar da produtividade recorde que tivemos neste ano-safra.
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Nos próximos meses, a administração do banco sinalizou que os resultados devem permanecer sob pressão no setor agrícola, que corresponde a aproximadamente 30% do portfólio de crédito do Banco do Brasil. As informações são provenientes do balanço divulgado na quinta-feira (14) e da teleconferência, realizada nesta sexta-feira (15).
Analista e CIO da Empiricus recomendam comprar ou vender BBAS3?
A avaliação da casa referente ao 2T25 é negativa.
“Os dados foram piores que o consenso do mercado. Qualitativamente, esteve em linha com o que esperávamos, porém a magnitude foi inferior”, afirma Quaresma, e complementa: “Não é trivial, é uma trajetória de recuperação de rentabilidade difícil.”
Felipe Miranda, CIO da Empiricus Research, não visualiza atratividade nas ações.
Com o que se tem atualmente, a BBAS3 não se mostra atraente. Contudo, não é possível realizar operações de venda a descoberto, e o cenário pode se tornar mais favorável em breve devido às eleições.
Manutenção de uma recomendação neutra para BB, não identificamos uma boa assimetria nos preços atuais, o retorno sobre patrimônio líquido está consideravelmente abaixo. Contudo, é uma ação que acompanha-se com o monitoramento constante para definir possíveis operações de compra ou venda, devido à incerteza sobre o futuro.
Fonte por: Empiricus