O setor de seguros no Brasil já repassou R$ 110,9 bilhões aos consumidores e empresas sob a forma de indenizações, resgates, benefícios e sorteios. Esse volume corresponde a um crescimento expressivo de 11,5% em relação a 2024, sem incluir os dados do segmento de saúde suplementar, conforme informações da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).
Ainda segundo a entidade, o marco de R$ 100 bilhões foi alcançado um mês antes em relação ao ano anterior.
Em maio, foram pagos R$ 22,2 bilhões, o maior valor mensal do ano. No entanto, houve uma queda de 2,2% em relação ao mesmo mês de 2024 (R$ 22,7 bilhões), devido ao início dos pagamentos das indenizações decorrentes das fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio do ano anterior.
A arrecadação do setor apresentou aumento de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 176 bilhões em prêmios de seguros, contribuições à previdência aberta e faturamento com títulos de capitalização.
A CNseg propõe equiparar as regras de proteção veicular às do seguro tradicional.
LEIA TAMBÉM!
INSS registra prejuízo de R$ 3,1 bilhões em junho devido ao IOF e à reserva cautelar; observe o efeito para o investidor
Coberturas de automóveis populares disparam em julho devido à inflação e aumento da criminalidade
Beneficiários do Bolsa Família com Número de Identificação Social terminando com o dígito 2 receberão recursos nesta terça-feira (19)
A incidência de IOF sobre operações no mercado voluntário da capitação (VGBL) gera impactos significativos.
De acordo com a análise da CNseg, o notável crescimento nos pagamentos e a estabilidade na arrecadação são explicados, principalmente, pelo desempenho dos planos de previdência complementar aberta (como os planos VGBL e PGBL), que representam aproximadamente 40% do volume total do setor (excluindo dados de saúde suplementar).
Nos primeiros meses deste ano, esses planos geraram R$ 72,6 bilhões, representando uma redução de 8,4%, enquanto os pagamentos de resgates e benefícios subiram 19,1%, totalizando R$ 63,5 bilhões.
Conforme declarado pelo presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, essa ação coordenada ocasionou uma redução de aproximadamente R$ 17 bilhões (-64,9%) na captação líquida do segmento no ano.
Moraes: O IOF sobre VGBL e FIDCs é regulatório porque fecha brecha tributária.
De acordo com os dados da empresa, os demais segmentos apresentarão expansão em 2025. Os seguros de Danos e Responsabilidades (que incluem segmentos como o seguro automóvel e o residencial) registraram crescimento de 7,8%, com arrecadação de R$ 56,7 bilhões. Já os seguros de Pessoas (como o seguro de vida e o seguro-viagem, entre outros) avançaram 8,6%, com R$ 31,5 bilhões em prêmios. Os títulos de Capitalização totalizaram quase R$ 14 bilhões até maio, aumento de 11,5% em relação ao ano anterior.
Fonte por: InfoMoney