B3 e CVM anunciam pregão estendido e novos contratos futuros: o que os traders devem saber

Os envolvidos argumentaram pela necessidade de qualificação dos traders, ressaltando a relevância de treinamento técnico, controle de riscos e conhecime…

12/08/2025 15:54

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O mercado de day trade no Brasil passa por um período de transformação. Progressos tecnológicos, o surgimento de novos produtos e a chegada de uma geração mais conectada estão alterando a dinâmica entre investidores, reguladores e operadores.

As autoridades transmitem a seguinte mensagem: operar demanda preparo, estrutura e responsabilidade.

A reunião contou com André Pássaro, superintendent da CVM; Felipe Paiva, diretor de relacionamento da B3; e Roberto Indech, head de Relações Institucionais da XP Inc., no Arena Trader da Expert XP 2025.

Profissionalização

Indech propôs uma discussão sobre um tema crucial para o desenvolvimento do mercado: a profissionalização do trader. Segundo ele, o day trade deve ser visto como uma atividade organizada, que exige conhecimento técnico, autocontrole e controle de risco.

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O Comitê de Valores Mobiliários intensificou o aviso, visando a impressão errônea que ainda atrai muitos novatos.

Ele argumenta que a operação consistente se baseia em estudo, compreensão das normas, planejamento e consideração de contingências.

Paiva, por sua vez, considerou que o termo “profissional” pode parecer excessivo, porém o conceito é direto: ter domínio das normas, empregar as ferramentas de gerenciamento de risco e conhecer o próprio perfil.

Novos produtos e a expansão do leque de opções.

B3 investe na diversificação de ativos para aumentar a participação dos investidores e diminuir a concentração no índice e no dólar. Paiva ressaltou que a estratégia contempla o lançamento de contratos que atendam a diversos perfis, incluindo os contratos futuros de ouro, Ethereum e Solana.

Não se pode deixar de estar presente nesse mercado (de criptomoedas). Há uma geração que chega já olhando para esses produtos”, declarou.

A ampliação do horário para negociação de futuros de cripto até as 20h é uma das novidades. Para Pássaro, a medida é adequada para ativos globais e diminui os riscos operacionais.

Essa é uma proposta que faz sentido, e até nesse ponto reduz o risco de investidores “dormir” com uma posição sem poder operar”, destacando que a prioridade da autarquia é garantir regras claras e uma formação de preço sólida.

RLP e a liquidez no varejo

O RLP (Retail Liquidity Provider) representou outro aspecto relevante. Paiva esclareceu que o mecanismo acerca o comércio à lógica dos participantes do mercado, elevando a liquidez e a qualidade da execução das ordens.

Lançamos o RLP, um provedor de liquidez para o investidor pessoa física. A liquidez daquele produto aumenta bastante. Isso tem um papel fundamental para a estrutura do varejo. Existe, como se falou, desinformação. Mas a regra é bem clara, ele (o investidor) entra naquele preço que ele colocou, no preço melhor.

Para Pássaro, o RLP será ainda mais relevante à medida que os horários de negociação se estendam.

“A questão de prover liquidez será mais importante, porque a preocupação é: “se você estiver operando às 10 da noite, haverá liquidez para a pessoa entrar e sair”, observou.”

A comunicação com o varejo enfrenta desafios como a percepção de que corretoras o perseguem ou que institucionais atuam com vantagem indevida.

Novas informações sobre operações diárias.

Indech solicitou à CVM a atualização do estudo sobre a porcentagem de pessoas que obtêm lucro no day trade, considerando que o último relatório foi publicado há anos e ainda tem impacto relevante.

Solicitou que a CVM autorizasse a divulgação desses números para a realização de um novo estudo.

Ele afirma que o perfil dos traders sofreu uma grande transformação e o mercado é diferente.

A ave indicou que a autarquia tem intenção de responder à solicitação. “Podemos sim elaborar um estudo inédito, utilizando a mesma metodologia e regra”, assegurou.

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Fonte por: InfoMoney

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