A liberação do compulsório da poupança para ampliar os recursos do financiamento imobiliário é uma medida de curto prazo e não solucionará o problema. Essa afirmação foi feita por Gilneu Vivan, diretor de regulação do Banco Central, durante o Abecip Summit 2025, evento organizado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, em São Paulo.
LCI, CRI e FII avançam no financiamento imobiliário, enquanto poupança se mantém.
A obrigatoriedade da poupança é um percentual dos depósitos mantidos pelos bancos. Uma das sugestões de alteração do financiamento seria reduzir esse percentual e disponibilizar mais crédito para o setor imobiliário.
Vivan argumenta que o debate central reside na transformação da perspectiva em relação à poupança. Em vez de focar no saldo, propõe-se analisar o direcionamento da poupança para a concessão. O saldo é uma construção baseada em prazos e taxas de amortização, um conjunto de diversas operações ocorrendo em diferentes momentos. Quando se fala em concessão, refere-se à ação que originou o crédito.
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Será um processo gradual, podendo levar dez anos.
A alteração no financiamento será debatida considerando todos os envolvidos no setor e não ocorrerá de forma abrupta, conforme afirma Vivan.
Não há magia neste processo. Conversamos em um processo de transição que demandará, no mínimo, 10 anos para ser concluído. Se chegarmos, ao final das contas, a implementar, faremos de forma gradual.
Fonte por: InfoMoney