O Banco do Brasil (BBAS3) apresentará seu balanço após o encerramento do mercado nesta quinta-feira (14). A previsão de especialistas é que as tendências negativas exibidas pelo BB no início do ano ainda estejam presentes e intensificadas nos resultados.
O último balanço foi responsável por revisões recentes por muitas casas, como Goldman Sachs, JPMorgan e XP. Mesmo com queda de quase 30% desde a divulgação dos resultados do 1º tri e os papéis pressionados por tendências de baixa, o Morgan reiterou cautela enquanto o Goldman cortou preço-alvo.
A pressão no crédito rural (cerca de 30% da carteira do banco), que já se delineava no quarto trimestre de 2024 e se firmou nos últimos resultados, ainda é foco de analistas como principal risco para o balanço do BB. O Goldman aponta que poderá haver impacto nos lucros por provisões mais pesadas exigidas para o segmento. A estimativa do banco estrangeiro foi reduzida para R$ 4,9 bilhões (15% abaixo do consenso Bloomberg).
Apesar de analistas do banco reconhecerem que a exposição ao agronegócio historicamente assegurou menor inadimplência e maior resiliência, a deterioração observada nos últimos anos tornou o segmento negativo para o nome. A XP aponta que o segmento agrícola passa hoje por mudanças estruturais, mesmo que se considere uma melhora no ciclo do setor, que podem levar tempo para serem revertidas.
A Genial antecipa que o payout poderá diminuir para níveis inferiores aos 40% a 45% dos anos anteriores, priorizando a manutenção do capital. Para 2026, estima-se uma redução de 1 ponto percentual do capital devido ao fim do Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas e pelo impacto da Resolução nº 4.966. Além disso, o aumento do risco operacional e a devolução do instrumento híbrido também restringirão o capital no próximo ano.
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Fonte por: InfoMoney