Banimento esportivo: o que é e quais clubes foram punidos dessa forma como o Corinthians

A Fifa sancionou o Corinthians nesta terça-feira com o banimento de registro de jogadores, que o impede de contratar por três janelas de transferência – incluindo a corrente, que finda em setembro. A punição decorre da dívida pendente com o Santos Laguna, do México, referente à não contratação do zagueiro Félix Torres.

O Corinthians pagou, inicialmente, US$ 2 milhões (R$ 10,8 milhões) aos mexicanos pela contratação do equatoriano no início de 2024. Em maio de 2024, o Santos Laguna entrou com uma ação na Fifa reivindicando as parcelas restantes.

O clube da casa, até as 23h59 de segunda-feira, 11, precisava quitar a dívida com os jogadores mexicanos ou renegociar o pagamento. Contudo, as partes não alcançaram um acordo.

O registro do transfer ban da Ban efetivamente está registrado no sistema da Fifa. Se o pagamento for realizado, essa sanção será automaticamente removida, permitindo ao Corinthians contratar novos jogadores. Caso contrário, o clube permanece impedido até a janela de final de 2026 de inscrever novos atletas em seu elenco.

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O Corinthians prosseguiu com o registro de Vitinho, após o jogador estar disponível no mercado após o término do contrato com o Al-Ettifaq, da Arábia Saudita. O Boletim Informativo Diário da CBF não aponta nenhuma pendência para que o atleta esteja apto a jogar nesta temporada.

Além do Corinthians, o sistema da Fifa contabiliza mais de 900 clubes com a punição, em âmbito global; no Brasil, outros quatro clubes estão impedidos de registrar novos atletas: Paysandu (PA), Ipatinga (MG), Colorado Atlético Clube (PR) e Real Brasília (DF), este relacionado ao futebol feminino.

A situação do Corinthians poderá ter novos capítulos nos próximos meses. Além do Santos Laguna, a rescisão de Matías Rojas e a contratação de Rodrigo Garzo estão em processo nas instâncias esportivas superiores, após punição na Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Outras situações:

O técnico argentino Fabián Bustos foi desligado do Santos em julho de 2022, ao apresentar uma ação contra o clube da Vila Belmiro, exigindo R$ 6 milhões. A Fifa e a Corte Arbitral do Esporte (CAS) diminuíram a multa para R$ 4 milhões, em decisão tomada no início de fevereiro deste ano. Aproximadamente 20 dias depois, o Santos efetuou o pagamento e a sanção foi encerrada.

O Al-Nassr – Embora possua notável apoio financeiro do fundo governamental saudita, o clube de Cristiano Ronaldo já lidou com situações semelhantes. Em julho de 2023, o Leicester, equipe do atacante Ahmed Musa, estava cobrando 460 mil euros (R$ 2,4 milhões na época), referentes a bônus previstos. Os valores foram confirmados. Posteriormente, o Al-Nassr contratou jogadores de renome mundial, como Sadio Mané, Brozovic, Laporte, Alex Telles e Fofana.

Barcelona – Um dos casos mais marcantes envolveu o clube catalão, que recebeu a sanção em 2014. A razão foi o registro de jogadores internacionais com menos de 18 anos. Isso representou uma infração ao Artigo 19 dos Regulamentos da Fifa sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores.

O clube obteve, na época, um recurso que possibilitou a contratação de Luis Suárez, Ivan Rakitic, Jeremy Mathieu, Claudio Bravo e Marc-André ter Stegen. Uma parcela desses jogadores foi fundamental para o time campeão da Champions League de 2014/15, ao lado de Neymar. Contudo, após a aplicação da sanção, o Barcelona não pôde utilizar Arturo Vidal e Arda Turan, que haviam sido contratados, mas impossibilitados de registro.

Fonte por: InfoMoney