Bitcoin Cai e Preocupações Crescem no Mercado de Criptomoedas
O Bitcoin enfrentou uma nova queda nesta quinta-feira (6), negociado a US$ 101.595, após um breve período de recuperação no início da semana. A principal criptomoeda do mundo registrou uma queda de 1,5% em 24 horas e quase 17% no mês, o que levanta preocupações sobre a sua performance, podendo representar a pior semana desde março.
Essa instabilidade se deve a uma perda de valor de mercado de cerca de US$ 300 bilhões, impulsionada por liquidações em massa e uma postura mais cautelosa do Federal Reserve, além do encerramento do “shutdown” nos Estados Unidos.
Diversos analistas expressaram suas opiniões sobre a situação. Taiamã Demaman, da Coinext, destaca que o Bitcoin ainda possui um “suporte psicológico importante” na faixa dos US$ 100 mil, mas o ambiente permanece de cautela, refletindo a perda de força dos compradores e o aumento do medo entre os investidores.
A empresa CryptoQuant apontou que o Bitcoin caiu abaixo de sua média móvel de 365 dias, um indicador que serviu de suporte durante o ciclo de alta de 2023. Se o ativo não voltar acima de US$ 102 mil rapidamente, o movimento pode se transformar em uma correção mais profunda.
A Galaxy Digital, liderada por Michael Novogratz, também revisou suas projeções para o fim de 2025, reduzindo a estimativa de US$ 185 mil para US$ 120 mil, devido à “destruição de alavancagem” no mercado. Ana de Mattos, trader parceira da Ripio, observa um padrão de lateralização no Bitcoin oscilando entre US$ 98.944 e US$ 104.600, o que pode definir os próximos movimentos.
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Se romper para cima, as resistências ficam em US$ 106.700 e US$ 112.500. Para baixo, o suporte está em US$ 95 mil.
Apesar das preocupações, alguns especialistas argumentam que a volatilidade faz parte do mercado cripto e que quedas como essa testam o emocional dos investidores. Samir Kerbage, diretor de investimentos da Hashdex, defende que a disciplina é fundamental para transformar oscilações em oportunidades.
A 21Shares observa que, dezoito meses após o “halving” de abril de 2024, o Bitcoin mantém preços elevados, mas com volatilidade mais contida e sem o “topo eufórico” típico de ciclos anteriores, devido à mudança estrutural do mercado com a entrada de investidores institucionais.
