Bolsonaro, em suas alegações finais ao STF, nega a prática de crimes e solicita sua absolvição
A manifestação dos advogados do ex-presidente é a última declaração formal antes do julgamento na ação penal, que se realizará pela Primeira Turma do ST…
O ex-presidente Jair Bolsonaro nega ter cometido crimes e solicita sua absolvição no processo por tentativa de golpe, em alegações finais apresentadas pela defesa na noite desta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa do ex-presidente apresenta um documento de 19 páginas, sendo a última manifestação formal antecedendo ao julgamento na Primeira Turma do STF no próximo mês.
A acusação é tão absurda quanto alternativa, criticaram os advogados de Bolsonaro, em referência à denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República.
Na defesa, o ex-presidente argumenta pela sua absolvição em razão da inexistência de provas robustas e também solicita que a redução da pena de Mauro Cid seja declarada nula, alegando vício de vontade e irregularidades na colaboração do ex-ajudante.
A ata assinada por Cid constituiu mais um elemento para comprovar os crimes que o ex-presidente cometeu, conforme sustentam a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal.
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A acusação sustentou que não houve comprovação de qualquer atuação de liderança do ex-presidente na tentativa de derrubar o governo Lula em 8 de janeiro de 2023, tampouco de seu envolvimento com as versões golpistas que visavam manter Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas eleições de outubro de 2022.
A defesa alegou que a versão do decreto era, “assim como aquela que o coloca, de forma totalmente contraditória, como responsável pelo plano que previa morte de autoridades da República e também por aqueles que seguiam o ministro Alexandre de Moraes, com a intenção de matá-lo.”
Adicionalmente, também seriam responsáveis pelos eventos de 8 de janeiro, mesmo que o primeiro plano do golpe não tivesse se concretizado, visto que a maioria dos militares não o apoiava.
O ex-presidente encontra-se sob prisão domiciliar desde a última segunda-feira, após ter reiteradamente infringido as medidas protetivas determinadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes em outra ação, um inquérito ao qual responde juntamente com o filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por atentado à soberania.
Fonte por: InfoMoney