Desde o dia 4 de agosto, o ex-presidente Jair Bolsonaro realiza consultas médicas em um hospital privado de Brasília, neste sábado. De acordo com assessores e familiares que o visitaram, o ex-chefe do Palácio do Planalto retomou a apresentação de crises de choro e episódios de dispneia (falta de ar) nos últimos dias. A condição clínica é atribuída a uma esofagite causada pelo procedimento cirúrgico realizado no abdômen, em abril.
Um dos médicos que acompanha a saúde de Bolsonaro relatou dificuldades para completar frases devido à falta de ar na última quarta-feira. O filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que a situação de saúde do pai apresentou piora nos últimos dias.
Estive com ele na quarta-feira, quando apresentava soluços e dificuldades na fala. O aumento da frequência dessas crises, que ocorreu após a prisão domiciliar, motivou os médicos a solicitarem uma nova bateria de exames clínicos. O pedido para os exames foi feito pelo próprio corpo médico que o acompanha, conforme afirmou.
Recentemente, ele recebeu visitas de aliados, incluindo os deputados Junio Amaral, Luciano Zucco e Marcelo Moraes, o empresário Renato Araújo e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão.
Apesar das dificuldades de saúde, há relatos de melhora no humor do ex-presidente. Na semana anterior, Bolsonaro e seu aliado relataram que ele chegou a chorar ao comentar a impossibilidade de manter contato com seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos Estados Unidos desde fevereiro. Alvo de uma investigação da Polícia Federal, Eduardo está proibido de falar com o pai, também por ser investigado. O parlamentar tem afirmado que não pretende retornar ao Brasil por receio de ter seu passaporte apreendido.
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Com a dificuldade de contato com Bolsonaro, as lideranças do PL têm recorrido ainda mais à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como interlocutora. Diariamente na sede do partido, onde comanda o PL Mulher, ela tem recebido perguntas e passado orientações aos líderes da sigla.
Bolsonaro também receberá na semana seguinte gestores do PL. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu as visitas do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, do vice-presidente da Câmara, Altineu Cortés (RJ), e do secretário-geral do partido, o senador Rogério Marinho (RN).
Eles confirmaram as informações, buscando prever a decisão de Moraes e já estão autorizados a acompanhar Bolsonaro na semana de 25.
Fonte por: InfoMoney