Bradesco BBI eleva preço-alvo da WEG e prevê crescimento modesto em 2026

Bradesco BBI eleva preço-alvo da WEG para R$ 46, prevendo 9% de valorização. Analistas apontam múltiplos elevados e projetam crescimento de receita em 2026.

29/10/2025 14:06

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(Imagem de reprodução da internet).

O Bradesco BBI elevou o preço-alvo da ação da WEG para R$ 46, indicando um potencial de valorização de aproximadamente 9%. A recomendação permanece neutra, com a expectativa de um desempenho razoável para a empresa em 2026, ligeiramente superior às previsões anteriores, porém sem fundamentos que justifiquem uma recomendação de compra.

Os analistas Daniel Federle e Camila Koga apontam que o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) de 26 vezes para 2026 é considerado elevado. As estimativas de receita foram ajustadas para cima, com um aumento projetado de 2% em relação à projeção anterior.

O Bradesco BBI projeta uma receita de R$ 43,4 bilhões para 2026, representando um crescimento de 7% em moeda constante (FXN), em comparação com um crescimento de 5% previsto para 2025.

A empresa demonstra confiança em manter um crescimento próximo a dois dígitos, mesmo em um cenário global mais fraco. Três vetores de crescimento são identificados: novos negócios, como mobilidade elétrica, sistemas de armazenamento de energia em baterias (Bess) e alternadores Marathon voltados a data centers, que devem começar a contribuir a partir do segundo semestre de 2026; expansão da capacidade de produção de transformadores, que deve dobrar até 2027; e oportunidades no mercado brasileiro, com maior procura por condensadores síncronos usados em linhas de transmissão, o leilão de baterias previsto para dezembro de 2025 e o avanço dos sistemas de propulsão para ônibus elétricos e infraestrutura de recarga.

Apesar da expectativa de melhora em 2026 e 2027, o Bradesco BBI prevê dois trimestres mais fracos, com queda na receita e nas margens no quarto trimestre deste ano e no primeiro trimestre de 2026, devido à comparação com resultados mais fortes e às tarifas americanas.

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O crescimento da receita em moeda constante deve ficar entre 3% e 4% no próximo trimestre, enquanto a margem Ebitda pode cair cerca de um ponto percentual.

Para os analistas, o potencial de valorização da ação permanece limitado e o retorno de caixa livre ao acionista (FCFE) é modesto, em torno de 3%, devido ao investimento (capex) ainda elevado, acima de 6% da receita no curto prazo. O Bradesco BBI indica que prefere aguardar um ponto de entrada mais atrativo para a compra das ações, considerando os fundamentos e perspectivas da empresa na transição energética.

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