O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) anulou três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para assegurar a “lisura e a isonomia” na prova. A decisão foi tomada após o Inep identificar semelhanças entre as perguntas e conteúdos divulgados em redes sociais antes do exame.
Camilo Santana enfatizou que a equipe técnica do Inep avaliou a necessidade de anular os itens, visando garantir a integridade do processo seletivo.
Candidatos ao Enem relataram suspeitas de vazamento após o professor Edcley S. Teixeira, do Ceará, ter antecipado questões da prova. Teixeira, que compartilha métodos de estudo e análises de questões nas redes sociais, chamou a estratégia de “engenharia reversa”.
A Polícia Federal foi acionada para investigar a divulgação indevida de questões sigilosas.
Edcley Teixeira utilizou questões semelhantes às do Enem em avaliações para alunos de Medicina, oferecendo monitorias para candidatos ao exame. Ele mencionou a participação em uma avaliação do Ministério da Educação (MEC) para estudantes de Medicina, chamada Prêmio Capes Talento Universitário, onde as questões também apresentavam semelhanças com o conteúdo do Enem.
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O Inep esclareceu que o “pré-teste” realizado em anos anteriores, com questões que podem ou não cair na prova, visa garantir a qualidade dos itens aplicados no Enem. O instituto solicitou a investigação da conduta e autoria da live nas redes sociais e a responsabilização dos envolvidos por quebra de confidencialidade.
O Inep acionou a Polícia Federal para garantir a segurança do processo seletivo. A situação demonstra a importância da confidencialidade das provas e a necessidade de monitoramento das redes sociais para evitar fraudes e garantir a isonomia no Exame Nacional do Ensino Médio.
