Censo: Mais de 8 milhões de brasileiros perdem mais de 1 hora no trânsito

Homens e população de baixa renda sofrem com deslocamentos longos nas grandes cidades, aponta censo do IBGE.

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(Imagem de reprodução da internet).

Deslocamentos para Trabalho e Estudo Revelam Desigualdades no Censo 2022

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira, 9, os resultados do Censo Demográfico 2022, que apontam para um cenário preocupante: 8,7 milhões de brasileiros enfrentam deslocamentos de mais de uma hora entre casa e trabalho. Deste grupo, 1,3 milhão registra trajetos que ultrapassam duas horas.

O levantamento do IBGE considerou 71,2 milhões de pessoas que se deslocam de casa para o local de trabalho, com retorno de pelo menos três dias na semana. A maioria dos trabalhadores brasileiros, cerca de 40,1 milhões, leva entre seis minutos e meia hora para chegar ao trabalho.

Distribuição por Tempo de Deslocamento

A distribuição do tempo de deslocamento entre os trabalhadores brasileiros é a seguinte:

Diferenças por Gênero e Renda

A análise por gênero revelou diferenças significativas nos trajetos. Mulheres apresentam maior proporção nos deslocamentos mais curtos, com 11,1% levando até cinco minutos e 56,6% na faixa de seis a trinta minutos. Em contrapartida, homens se destacam nos trajetos mais longos. Na faixa acima de duas horas, representam 2,1%, enquanto as mulheres ficam em 1,3%. Em números absolutos, são 857 mil homens contra 402 mil mulheres nessa situação.

O estudo também identificou uma relação direta entre rendimento e tempo de deslocamento. Indivíduos com maior renda tendem a residir mais próximo do trabalho ou ter acesso a meios de transporte mais rápidos. Entre aqueles que ganham até meio salário mínimo, 2,2% enfrentam deslocamentos superiores a duas horas. Já entre os que recebem acima de cinco salários mínimos, esse percentual cai para 1,3%.

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Desigualdades por Raça

Os dados do Censo também evidenciam desigualdades raciais. A população branca apresenta a maior participação nos deslocamentos curtos, com 58,5% levando de seis a trinta minutos. A população preta, por outro lado, apresenta maior proporção nos trajetos longos, com 13,9% levando entre uma e duas horas.

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