PP e Governo de SP Negam Articulação Contra MP do IOF
O presidente do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira (PI), negou ter recebido contato do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para articular a derrubada da medida provisória 1.303, que propunha arrecadar R$ 10,55 bilhões em 2025 e R$ 20,89 bilhões em 2026 para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta, que visava aumentar as receitas do governo federal, foi rejeitada pelo Congresso.
Em declaração ao Poder360, Ciro Nogueira afirmou que as acusações são mentiras, buscando esconder a falta de liderança de Tarcísio no Congresso. “Ele está mentindo. Não tinha acordo nenhum. Está querendo esconder a ineficiência, a falta de liderança dele no Congresso, atrás de uma mentira”, disse o senador.
Tarcísio de Freitas Nega Articulação
Também em nota enviada à imprensa, Tarcísio de Freitas negou ter atuado para derrubar o texto. “Estou totalmente focado nos desafios e nas demandas de São Paulo. Temos muitas ações e prioridades em andamento aqui no Estado, e essa questão cabe ao Congresso”, declarou o governador.
Sostenes Cavalcante Busca Apoio
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou ter procurado Tarcísio de Freitas para mobilizar congressistas contra a medida provisória. “Eu pedi ajuda ao governador Tarcísio desde ontem. Conversei com ele ontem umas 3 vezes e hoje umas 4, pedindo ajuda”, informou após a votação.
Reação do Governo União Brasil
O presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, não se pronunciou até o momento da publicação da reportagem. O Poder360 tentou obter um posicionamento oficial, mas não obteve resposta.
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Votação e Rejeição
Foram 251 votos a favor e 193 votos contra para retirar a MP da pauta do plenário. O mérito da proposta não chegou a ser analisado. A medida perde a validade à meia-noite desta 5ª feira (9.out), não tendo como ser analisada em outra sessão e precisando passar pelo Senado.
Campanha Contra MP
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), relator da medida, afirmou que iniciou uma campanha contra a MP quando Tarcísio optou por “lançar sua candidatura à Presidência da República”. “A partir disso, iniciou-se uma campanha contra a medida provisória, sem qualquer fundamento técnico, tributário ou orçamentário”, disse.
Lindbergh Farias afirmou que o governador teria articulado com Ciro Nogueira e Antônio de Rueda para derrubar a MP do IOF.
Conclusão
A disputa pela MP do IOF envolveu diversas figuras políticas e demonstra a complexidade das articulações no Congresso Nacional. A rejeição da medida, por maioria de votos, encerrou a discussão, mas as acusações de articulação entre diferentes atores políticos continuam a gerar debates.
