O empresário Jason Miller, assessor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou no domingo (10) uma mensagem nas redes sociais em que declara que “não vai parar” até que o ex-presidente Jair Bolsonaro “esteja livre”. Miller tem feito publicações com críticas à condução do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal em que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado.
Não cessarei, não desistirei, não sucumbirei, até que o presidente Jair Bolsonaro esteja livre, escreveu em seu perfil no X, após compartilhar uma publicação que dizia: “É mais importante o impeachment de Moraes do que libertar Bolsonaro”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, comentou a publicação com bandeiras dos Estados Unidos e do Brasil.
Miller exerceu o papel de conselheiro sênior nas campanhas de Trump e mantém contato próximo com a família Bolsonaro, notadamente com Eduardo, que se encontra nos Estados Unidos desde o final de fevereiro. Dali, o deputado busca articulação com congressmen para a implementação de sanções contra Moraes e demais membros do STF. Em julho, Moraes foi adicionado à lista de alvos da Lei Magnitsky pelo governo Trump.
A publicação se junta a outras em que Miller critica o Supremo, Moraes e autoridades brasileiras, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em julho, ele provocou o ministro ao afirmar que Moraes busca protagonismo nas decisões da Justiça contra Bolsonaro.
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Após o ministro dar luz verde para mandados da Polícia Federal contra o ex-presidente Miller, ele o acusou de adotar “táticas ditatoriais” e solicitou que Bolsonaro “permaneesse forte”.
Apesar de não ter cargo no governo americano, Miller é reconhecido como um dos principais assessores de Trump, tendo participado das três campanhas presidenciais republicanas desde 2016, além das equipes de transição em 2016 e 2024.
Ele aconselha Trump em questões políticas e estratégias de comunicação. Além disso, criou a rede social Gettr, que recebeu indivíduos radicais após o bloqueio e a suspensão de contas em plataformas como Facebook e Twitter.
Em setembro de 2021, Miller foi recebido pela família Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Ao sair do país, foi abordado pela Polícia Federal no aeroporto de Brasília e forneceu depoimento no gabinete do STF que apura a atuação das chamadas “milícias digitais”, sob a relatoria de Moraes.
Fonte por: InfoMoney