O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou ter participado de uma reunião com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em 13 de agosto, após o cancelamento de um encontro entre Bessent e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O deputado comentou na rede social X: “Tivemos uma reunião excelente com o Secretário do Tesouro, Scott Bessent. É uma oportunidade única poder falar sobre o Brasil e os Estados Unidos com alguém tão bem preparado”.
Ele argumentou na publicação que “os vínculos de amizade entre o Brasil e os Estados Unidos se intensificassem”, exibindo uma imagem ao lado de Bessent e do influenciador Paulo Figueiredo.
O ministro declarou na segunda-feira que a reunião com Bessent, originalmente agendada para 13 de agosto, foi cancelada pelo governo dos Estados Unidos, fato atribuído pela autoridade ao resultado da articulação de Eduardo Bolsonaro.
Até a semana passada, Bessent era visto pelas autoridades brasileiras como um elemento chave para desbloquear as negociações sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.
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Antes da reunião ser cancelada, um membro da equipe econômica declarou, em confidencialidade, que Bessent apresentava um perfil mais comedido em comparação com as principais autoridades do governo Trump, além de ter desempenhado um papel importante nas negociações finais sobre tarifas com outros países.
Desde a semana passada, impostos foram aplicados a uma variedade de produtos brasileiros, sendo que a taxa de 50% cobrada pelos Estados Unidos foi justificada pelo governo do presidente Donald Trump, entre outros aspectos, como uma reação ao que ele descreveu como “investigações conjuradas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado por acusação de tentativa de golpe.
Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos, tem contato com autoridades em Washington em apoio ao pai, que também defende que o Brasil enfrenta uma crise institucional.
Em entrevista à Reuters na quinta-feira, Eduardo Bolsonaro descreveu as tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros como carne bovina, café, peixe e calçados como um “remedo amargo” destinado a conter o que classificou de ofensiva legal descontrolada contra o ex-presidente.
Fonte por: InfoMoney
