Eduardo Bolsonaro se desloca a Washington para buscar maior imposição de sanções pelos EUA contra autoridades

Filho de ex-presidente busca apoio em Trump para ampliar aplicação da Lei Magnick a novos indivíduos, abrangendo membros do Supremo Tribunal Federal e p…

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O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Paulo Figueiredo participam, nesta quarta-feira (13), de reuniões em Washington com integrantes do governo de Donald Trump para abordar a situação política no Brasil e a possibilidade de novas sanções contra autoridades brasileiras. A informação é do UOL.

A reunião foi marcada para o mesmo dia em que o governo dos Estados Unidos realizaria um encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que foi cancelado pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Eduardo e Figueiredo elaboraram relatórios para serem apresentados ao governo dos EUA, contendo informações sobre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, assim como as posições dos presidentes das Casas legislativas e dos ministros da Corte.

A dupla sustenta que a Câmara dos Deputados deva aprovar o projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e que o Senado inicie processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.

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Nenhuma das duas propostas avançou no Legislativo.

Um dos pontos em evidência é a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada após a aplicação da lei Magnitsky contra Moraes.

Novos alvos

O relatório discute a necessidade de o Tesouro dos EUA especificar o escopo da sanção, considerando a controvérsia sobre bloqueios bancários: se a restrição se aplicaria apenas a transações internacionais ou também para operações internas realizadas por bancos conectados ao sistema financeiro norte-americano.

A Lei Magnitsky é utilizada contra grandes infratores de direitos humanos e raramente provocou discussões tão abrangentes como no caso brasileiro.

A análise do governo americano contempla a extensão da sanção a Viviane Barci, esposa de Moraes, devido à sua atuação nos EUA e ao vínculo conjugal com o ministro.

Os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes seriam alvos potenciais nos próximos meses, ambos com propriedades no exterior. Em risco de bloqueios, poderiam influenciar Moraes em processos relacionados aos atos de 8 de janeiro. O filho de Barroso, por exemplo, decidiu não retornar aos EUA após a medida contra Moraes.

Articulação com aliados de Trump

Em março, já havia sido divulgado que, além de Moraes, outros ministros do STF e seus familiares estavam sob consideração de Eduardo Bolsonaro para sofrerem sanções por meio da Lei Magnitsky.

Figueiredo, ex- sócio de Trump em um empreendimento no Rio de Janeiro, tem atuado como mediador para acesso aos gabinetes de Washington.

O secretário de Estado Marco Rubio e aliados de Trump, Jason Miller e Steve Bannon, são importantes contatos do grupo.

Fonte por: InfoMoney

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