Empiricus indica qual ação do setor elétrico é a mais indicada para obter dividendos, semig e taesa

Analista de investimentos da Empiricus, especializado em carteiras de dividendos, indica sua ação preferida do setor elétrico para obter rendimentos.

19/08/2025 15:01

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As empresas de energia elétrica Cemig (CMIG4) e Taesa (TAEE11) representam investimentos típicos em uma carteira focada em dividendos, devido aos seus pagamentos geralmente interessantes para os investidores.

No entanto, no portfólio de ações para buscar dividendos recomendado pelo analista Ruy Hungria, da Empiricus Research, nenhuma delas estava presente. Em vez disso, o analista optou por outra empresa do setor elétrico que considera ter um potencial ainda não explorado, podendo trazer benefícios aos investidores.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) obteve lucro líquido de R$ 1,19 bilhão no segundo trimestre de 2025 (2T25). Esse resultado aponta para uma redução de 29,6% em comparação com o mesmo período de 2024, conforme divulgado no balanço.

Ademais, no período, a empresa comunicou que a dívida líquida da Cemig aumentou de R$ 9,17 bilhões (estimativa para o fim de 2024) para R$ 10,66 bilhões. Em decorrência, verificou-se um crescimento do endividamento, avaliado pelo índice da relação dívida líquida sobre o EBITDA ajustado, de 1,41 vezes (no 1T25) para 1,59 vezes no final do 2T25.

Ruy Hungria afirma que a ação CMIG4 já se encontra em um patamar de preço adequado.

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O analista afirma que a Cemig está bem precificada. Embora apresente bons resultados e tenha evoluído significativamente nos últimos anos, acredita-se que os preços atuais já reflitam essa melhora, e identifica maior potencial de crescimento em outras empresas.

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa) apresentou um lucro líquido em alta de +1,9%, atingindo R$ 299,4 milhões. Esse resultado positivo foi favorecido por uma menor alíquota de imposto e menores despesas com juros.

Ademais, no período, a empresa comunicou o pagamento de R$ 299 milhões em dividendos da Taesa e juros sobre capital próprio (JCP) referentes ao segundo semestre de 2025, com um rendimento de 2,6%.

Hungria afirma que, embora os resultados tenham sido levemente superiores ao esperado, com lucros e um dividend yield inferior a 10%, a Taesa está bem avaliada e sem grande espaço para valorização no momento.

Atualmente, o analista prefere manter a recomendação neutra para as ações TAEE11.

Para Ruy Hungria, a Eletrobras (ELET6) representa uma empresa elétrica mais atraente para investimento, com ênfase na obtenção de dividendos.

Naquele período, o analista destacou que as joint ventures impactaram negativamente o desempenho operacional consolidado, resultando em uma queda de 8,6% no EBITDA em relação ao ano anterior, atingindo R$ 5,5 bilhões.

A redução do EBITDA, aliada ao incremento nos pagamentos de impostos, resultou em uma queda de 27% no lucro líquido ajustado, para R$ 1,2 bilhão, em conformidade com as projeções.

Apesar disso, comunicou-se o anúncio do pagamento de dividendos da Eletrobras no valor de R$ 4 bilhões, correspondendo a um rendimento de aproximadamente 4,5%.

Nos últimos 12 meses, o rendimento já supera 8%, reforçando a nossa visão de que a Eletrobras está no caminho para se tornar uma ótima pagadora de dividendos. Com 10 vezes os lucros esperados para 2026 e bom potencial de crescimento de resultados e dividendos, as ações da Eletrobras mantêm recomendação de compra da Empiricus.

Ao divulgar o resultado trimestral, em 7 de agosto, as ações da empresa apresentaram um aumento notável de mais de 8% devido às expectativas positivas de dividendos.

O desempenho não foi ruim para uma empresa do setor elétrico, que geralmente apresenta resultados homogêneos. Os resultados foram positivos e a expectativa de que ela se torne uma distribuidora de dividendos regulares e consistentes começa a atrair mais investidores para a análise.

Apesar do aumento, o analista mantém a convicção de que continua sendo interessante investir na ação: “Ainda há tempo para isso, mas não adie demais.”

Fonte por: Empiricus

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