Eneva (ENEV3) anuncia EBITDA recorde no segundo trimestre de 2025, ainda que com decisões regulatórias abaixo do esperado; análise indica recomendação para a ação

A Eneva registrou prejuízo líquido no segundo trimestre de 2025, abaixo do esperado.

14/08/2025 11:17

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A Eneva (ENEV3) apresentou resultados com ótimo crescimento na visão anual, impulsionados pelo aumento nos contratos, aquisição das usinas térmicas no 4T24, além de contribuições positivas da comercialização de gás. Contudo, os números operacionais ficaram próximos das estimativas, enquanto o lucro líquido ficou um pouco abaixo, influenciado por maiores alíquotas de imposto.

O EBITDA do Complexo Parnaíba aumentou R$ 34,5 milhões no período, com alta anual de +11,8%, impulsionado pelo ajuste das receitas fixas, pela entrada em operação do Parnaíba VI, por maiores despachos e pelo aumento da geração.

Na usina Jaguatirica II (geração Roraima), a EBITDA cresceu R$ 11,1 milhões (+11% ao ano), devido a ajustes nos valores fixos de receita e à gestão eficiente dos custos.

Com a otimização das decisões em Pará e a manutenção de resultados positivos na unidade Jaguaruna II, o setor de Upstream (produção de gás) registrou um crescimento de R$ 35 milhões no EBITDA, com um aumento anual de +68%.

O Hub Sergipe registrou um aumento de R$ 134 milhões no EBITDA, correspondente a +34% em relação ao período anterior, impulsionado por um reajuste nas receitas fixas e por um notável crescimento nas vendas de gás on-grid, demonstrando o potencial de geração de valor do segmento e as vantagens de sua conexão à rede de distribuição.

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A comercialização de gás off-grid (venda de gás para grandes clientes) apresentou evolução interessante, com contribuição de R$ 78,5 milhões para o EBITDA consolidado.

As usinas recentemente adquiridas (três a gás no Espírito Santo e uma a óleo no Maranhão) adicionaram R$ 436 milhões ao EBITDA consolidado.

As usinas a Carvão registraram um aumento de R$ 9,3 milhões no EBITDA (+6%), impulsionado pelo ajuste nos valores das receitas fixas.

As otimizações operacionais apresentaram um efeito limitado, em parte devido a resultados inferiores em Geração Solar e Comercialização de Energia, com uma redução combinada de -R$ 87 milhões no EBITDA em comparação com o 2T24, em razão de restrições operacionais e exposição ao mercado de contratos de energia.

O EBITDA consolidado alcançou R$ 1,67 bilhão, variação expressiva de +56% em relação ao segundo trimestre de 2024, e com desempenho alinhado às projeções.

Eneva registra prejuízo líquido, qual decisão tomar com as ações?

Contudo, o lucro líquido ficou um tanto inferior ao esperado, em R$ 364,5 milhões, devido a uma maior alíquota efetiva no período. No entanto, avaliamos os resultados positivos, considerando um cenário de decisões restritivas e que prejudicam o aumento da receita.

Observa-se a redução da alavancagem, que passou de 4,3x no segundo semestre de 2024 para 2,7x, impulsionada sobretudo pelo crescimento do EBITDA – grande parcela disso proveniente das novas usinas.

As ações da Eneva apresentam recomendação de compra, com múltiplos de 7,2x Valor da Firma/EBITDA.

Fonte por: Empiricus

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