Nos Estados Unidos, 85% das imobiliárias já adotam a inteligência artificial (IA) para agilizar seus projetos, podendo atingir 90% até 2030, enquanto no Brasil a tecnologia avança lentamente. O percentual de empresas do mercado imobiliário que utilizam a IA por aqui não ultrapassa 19%, conforme levantamento da Lastro, startup brasileira especializada em soluções de IA para o setor, realizado em parceria com a Brain Inteligência Estratégica e a Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Apesar desse cenário desigual, mais de 70% das empresas que já adotaram a tecnologia apontam impactos positivos e a expectativa é que esse número aumente, com previsões de que 93% das companhias serão positivamente impactadas pelo uso da inteligência artificial. Dentre as soluções que se destacaram no setor, estão o atendimento automatizado e a gestão dos dados coletados pela assistente virtual desenvolvida pela Lastro, a Lais.
A tecnologia já alcançou 2 milhões de atendimentos únicos por meio do WhatsApp, automatizando interações, qualificando leads e mantendo o relacionamento com clientes de forma contínua. A startup afirma que as empresas que utilizaram a Lais observam um aumento de até 60% na conversão de leads e uma redução de custos operacionais. Por exemplo, a Zelo Imóveis, de Campinas (SP), duplicou o número de visitas agendadas após a adoção da ferramenta, realocando parte da equipe para funções estratégicas.
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Recursos primordiais
Conforme Allan Paladino, CEO da Lastro, a inteligência artificial pode operar em quatro áreas principais:
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Adicionalmente, a tecnologia disponibiliza recursos adicionais, incluindo o remarketing em larga escala para recuperar clientes antigos, a sugestão de imóveis com base na localização geográfica e a criação de painéis de controle com informações sobre o mercado.
A inteligência artificial se consolida como elemento fundamental no setor imobiliário, auxiliando desde a análise de dados e a precificação até a personalização de ofertas e a previsão de tendências, afirmou Paladino.
Para o especialista, a integração com outras tecnologias, como realidade virtual e aumentada, pode aumentar ainda mais o nível de personalização e eficiência nos próximos anos. “O desafio no Brasil é acelerar a curva de adoção, assegurando que a tecnologia seja utilizada de forma ética e estratégica, sem substituir a interação humana – mas expandindo a capacidade de atendimento e a tomada de decisões com base em dados.”
Fonte por: InfoMoney