Estimativa do Dieese aponta para perda de até 726 mil empregos no cenário mais pessimista

A entidade estima que serviços e indústria sofrerão os maiores impactos caso não sejam identificados novos mercados para os produtos tributados por Trump.

18/08/2025 15:47

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A taxação de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos pode gerar a perda de 726,7 mil empregos em um ano e uma retração de 0,26% do Produto Interno Bruto (PIB). A projeção é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese), que analisou os impactos no que considera o “cenário mais pessimista” caso os produtos afetados pelas taxas não sejam redirecionados para outros mercados.

A análise aponta que o setor de serviços sofreria o maior impacto, com a perda de 241,5 mil empregos, seguido pela indústria (215 mil), comércio (142 mil) e agropecuária (104 mil).

Os setores metalúrgico, de alimentos, madeira, químico e vestuário e de calçados são os que podem ser mais impactados. Além disso, frutas, carnes e outros alimentos “podem enfrentar dificuldades”, conforme o Dieese.

A projeção da entidade se fundamentou em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), que apontaram para US$ 14,5 bilhões em exportações dos produtos impactados pela tarifização.

Adicionalmente, o Dieese apontou que, em termos de valor agregado, as taxas americanas causariam uma perda de R$ 38,87 bilhões para o país, uma diminuição na massa salarial de R$ 14 bilhões e uma redução de R$ 11 bilhões na arrecadação de impostos.

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A queda nas exportações para os EUA, mesmo com a lista de isenções, reduzirá o PIB e o emprego brasileiro; contudo, pode ser compensada por ganhos decorrentes dos demais choques (especialmente a retaliação da China).

Fonte por: InfoMoney

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