EUA revogam visto de mulher e filha de Padilha em decorrência de sanções contra Mais Médicos
Decisão afeta familiares do ministro da Saúde; revogação segue ataque dos EUA a programa com médicos cubanos.
O governo dos Estados Unidos determinou o cancelamento dos vistos da esposa e da filha, de 10 anos, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT). As duas estão no Brasil e receberam a informação da decisão por meio de comunicados do Consulado-Geral dos EUA em São Paulo.
Padilha não foi alvo da medida porque seu visto expirou em 2024. Nas advertências enviadas à família, o governo americano alegou que, após a concessão, surgiram informações que tornaram as beneficiárias “não elegíveis” para entrar no país. O documento, obtido pelo G1, esclarece que, nesses casos, o visto é automaticamente invalidado quando o portador deixa o território americano.
O incidente se verifica em razão das sanções divulgadas recentemente contra membros brasileiros ligados ao programa Mais Médicos. O Departamento de Estado dos EUA cancelou os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e de Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério e atual coordenador-geral para a COP30.
Em nota, a embaixada americana classificou o programa como “um golpe diplomático” que explorou médicos cubanos e beneficiou financeiramente o “regime cubano corrupto”, com conivência de autoridades brasileiras e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
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