Executivo afirma que o Brasil possui uma demanda inexplorada por infraestrutura relacionada a criptoativos e câmbio

O progresso na adoção de tecnologia financeira no Brasil tem atraído o interesse de empresas estrangeiras com foco no mercado institucional. Segundo John Murillo, diretor de negócios da B2Broker, que oferece soluções de liquidez, negociação e infraestrutura de mercado e recentemente se instalou na América Latina, o país reúne características que o distinguem do restante da região, tanto pelo tamanho do mercado quanto pelos desafios regulatórios e operacionais.

“Costumo dizer que o Brasil é um país parte dentro da América Latina. É um ambiente muito específico, com exigências próprias e complexidades como os controles de capitais”, afirmou Murillo ao InfoMoney.

O diretor responsável pela expansão da empresa na região ressalta que se observa um aumento significativo na demanda por infraestrutura institucional para negociação de ativos digitais, acesso a liquidez internacional e soluções de pagamentos com criptoativos, principalmente entre family offices, gestoras e bancos regionais.

Observa-se grande interesse de family offices em realizar negócios conosco, além de gestores e bancos regionais que procuram soluções white label adaptadas à sua realidade.

A empresa informa que realiza, mensalmente, mais de 500 bilhões de dólares em contratos de CFDs e processa aproximadamente 100 milhões de dólares por dia em pagamentos cripto através de sua plataforma.

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Uma das questões destacadas por Murillo é a grande procura por stablecoins, que servem como alternativa à exposição a moedas fortes em períodos de volatilidade cambial.

Esta é uma oportunidade exponencial. Nossa plataforma suporta 17 blockchains de USDT. Se você observar a Binance, eles possuem seis.

A adoção de criptoativos no Brasil tem se intensificado em um ritmo superior ao de outras regiões, motivada por fatores macroeconômicos e pelo crescimento da infraestrutura tecnológica. Contudo, ele ressalta que a atuação de grandes empresas estrangeiras demanda planejamento jurídico e adequação às normas regulamentares nacionais.

Representa um mercado com grande potencial, porém que exige uma análise muito atenta. Estamos avaliando, por meio de nossa equipe jurídica, a maneira mais adequada de estabelecer uma presença no país.

A B2Broker já opera em países como México e Colômbia e pretende ampliar sua atuação na América Latina nos próximos trimestres. No caso do Brasil, ainda não há cronograma definido, mas a empresa o considera como uma das prioridades da região.

A B2Broker, fundada em 2014, opera no mercado institucional e está presente em 11 países, com centros operacionais em Londres, Limassol, Hong Kong e Dubai.

Fonte por: InfoMoney