Exército israelense planeja transferência de moradores de Gaza para o sul, informa interlocutor
A população precisa ser transferida para regiões consideradas seguras, com o aumento dos ataques do Exército à Cidade de Gaza, último bastião do Hamas.
Militares israelenses afirmaram que moradores da Faixa de Gaza receberão tendas e outros suprimentos de abrigo a partir de domingo, antes de serem deslocados de áreas de conflito para zonas consideradas “seguras” no sul do enclave.
Acontece dias após Israel ter declarado que planejava iniciar uma nova operação para tomar o controle da Cidade de Gaza, o maior centro urbano do enclave, em um plano que gerou preocupação internacional acerca do futuro da região, onde residem aproximadamente 2,2 milhões de pessoas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou no domingo que a população civil seria removida antes do lançamento da ofensiva, para áreas que ele descreveu como “zonas seguras”, designando a Cidade de Gaza como o último reduto do Hamas.
Os equipamentos serão transferidos por meio da passagem de Kerem Shalom, no sul de Gaza, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e outras organizações internacionais de ajuda humanitária, após serem inspecionados pelo Ministério da Defesa, informaram os militares.
As forças armadas se abstiveram de comentar quando questionadas sobre se os suprimentos eram direcionados à população da cidade de Gaza, com aproximadamente um milhão de habitantes, e se o local de realocação a que seriam destinados no sul de Gaza seria a região de Rafah, que faz fronteira com o Egito.
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O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou neste sábado que os planos para a nova ofensiva ainda estão sendo elaborados.
Contudo, as Forças Israelenses intensificaram as operações nos arredores da Cidade de Gaza na última semana. Habitantes dos bairros de Zeitoun e Shejaiya relataram que os ataques aéreos e de tanques israelenses destruíram diversas residências.
O conflito iniciou-se com o ataque do Hamas à região sul de Israel em 7 de outubro de 2023, resultando na morte de 1.200 indivíduos e no sequestro de 251 reféns, conforme dados das autoridades israelenses. Destes, 20 dos 50 reféns ainda mantidos em Gaza permanecem vivos.
A ofensiva militar israelense seguinte resultou na morte de mais de 61 mil palestinos, de acordo com dados de saúde em Gaza. Além disso, provocou uma crise de fome, deslocamento interno da maior parte da população e destruição generalizada do território.
Fonte por: InfoMoney