Expectativas desvinculadas demandam política monetária restritiva, declara Diogo Guillen, do BC
O chefe da Política Econômica do Banco Central declarou que o debate interno evoluiu, passando das causas da desancoragem para as expectativas, o que de…
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guilen, declarou nesta segunda-feira (18) que o debate sobre a taxa de juros do Brasil evoluiu, afastando o foco das causas que mantêm a inflação distante da meta para além da análise das expectativas de desancoragem. Segundo Guilen, as expectativas desancoradas demandam uma política monetária mais restritiva por um período prolongado.
Há cerca de um ano, analisamos bastante as origens da desancoragem das expectativas. Consideramos o tema fiscal, a inflação externa que poderia impactar o Brasil, havia várias possibilidades para explicar a desancoragem. Mudamos o debate das causas da desancoragem para: se as expectativas estão mais elevadas, é necessário intervir. Se a expectativa é um componente importante para a inflação futura, é preciso agir para trazer a inflação para a meta.
A situação de expectativas desvinculadas demanda uma política fiscal mais restritiva, na avaliação do diretor do BC. Para ele, embora 2025 tenha apresentado movimentações nos fatores voláteis da inflação, como preços no atacado – que agora está indo para o varejo, câmbio, alimentos e inflação de serviços, isso não altera a visão do BC sobre o ciclo de juros.
“É menos sobre qual é a causa principal [da inflação] e mais o fato de que, se as expectativas estão desancoradas, elas exigem política mais restritiva”, afirma Guillen.
O diretor de Política Econômica do BC integrou o painel “Cenários para a política monetária”, no evento Warren Day, que ocorreu no hotel Unique, em São Paulo.
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O painel discutiu a situação econômica do Brasil, com ênfase nas decisões da política monetária, no controle da inflação e nos impactos do cenário internacional.
Fonte por: InfoMoney