Fundos americanos reduziram significativamente suas participações na Petrobras no segundo trimestre

Gestores eliminaram, em conjunto, 36,47 milhões de ações no período, sendo apenas a Oaktree Capital Management, do megainvestidor Howard Marks, responsá…

15/08/2025 9:02

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A Petrobras (PETR4) obteve a maior diminuição agregada de posição por fundos de investimento dos Estados Unidos no segundo trimestre. Dados da Bloomberg, com base em informações apresentadas a reguladores até a última quinta-feira (14), indicam que gestores se desfizeram, em conjunto, de 36,47 milhões de ações no período.

No segundo trimestre, executivos relataram a venda final de 21,9 milhões de ações preferenciais da empresa estatal negociadas no exterior (ADRs), e de 14,57 milhões de ações ordinárias. Dessa forma, o número de títulos da Petrobras nas carteiras de fundos hedge diminuiu de 56,96 milhões no primeiro trimestre para 20,49 milhões ao final de junho.

Os dados referem-se a um mapeamento de 716 fundos de hedge, que movimentavam US$ 726,54 bilhões no período de junho, em comparação com US$ 622,94 bilhões no trimestre anterior. No conjunto, o setor de energia, incluindo a Petrobras, apresentou o menor crescimento no valor investido.

A Oaktree Capital Management, liderada por Howard Marks, desfez-se de 2,66 milhões de ações da Petrobras no segundo trimestre do ano. Já a Arrowstreet Capital realizou uma venda ainda maior: 21,2 milhões de ações da estatal brasileira.

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De acordo com dados do agregador 13f.info, que reúne informações fornecidas pelas empresas via formulários 13-F enviados à CVM americana, o montante investido em ações ordinárias e preferenciais da Petrobras caiu US$ 3,45 bilhões (R$ 18,67 bilhões) no período. A análise engloba o encerramento de posições e a redução do valor dos ativos na carteira, excluindo opções (calls e puts).

Atenção aos investimentos na Petrobras.

A diminuição da exposição ocorre em um cenário de maior prudência em relação à companhia estatal. Na semana passada, a Petrobras anunciou lucro líquido de R$ 26,65 bilhões no segundo semestre de 2025, revertendo o prejuízo do mesmo período do ano anterior, e EBITDA ajustado de R$ 52,3 bilhões, conforme as estimativas.

Apesar da estabilidade do resultado operacional, o fluxo de caixa livre ficou aquém do previsto, influenciado por um aumento nos gastos com capital de giro e investimentos em vigor acima das projeções. Isso resultou no pagamento de dividendos ordinários no valor de US$ 1,6 bilhão no período, inferior ao esperado e às previsões dos analistas, e diminuiu a chance de dividendos adicionais em 2025, conforme declarado pela própria administração.

A gestora brasileira Vista Capital, que concentrava-se no mercado de commodities e detinha participação na Petrobras por quase seis anos, comunicou na última quarta-feira (13) o encerramento de seu investimento na empresa.

Nubank se mantém como um destaque positivo.

A Nu Holdings (Nubank) apresentou dos maiores crescimentos acumulados de posições no ranking da Bloomberg, com um avanço de 50,12 milhões de ações ordinárias de classe A negociadas nas Ilhas Cayman.

Na última quinta-feira (14), a empresa divulgou lucro líquido de US$ 637 milhões no segundo trimestre, aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior, convertendo-se em termos constantes de câmbio. A receita líquida atingiu US$ 3,7 bilhões, representando um crescimento de 40% na mesma comparação.

Fonte por: InfoMoney

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