Haddad defende: “Maior reforma do crédito” impulsiona financiamento imobiliário
Governo lança nova política habitacional com foco em crédito imobiliário para a classe média e programa de reforma residencial.

Novo Modelo de Crédito Imobiliário é o Maior da História do Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou o novo modelo de crédito imobiliário como o maior da história do Brasil. A declaração foi feita durante o evento de lançamento da nova política de habitação para a classe média, promovido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na manhã de sexta-feira, 10.
Haddad enfatizou que a reforma tributária e as políticas de renda representam um dos principais legados do governo Lula durante seu mandato. O objetivo central da nova política de habitação é impulsionar o acesso ao crédito imobiliário para a classe média brasileira.
Segundo o governo federal, a iniciativa propõe uma transformação estrutural no uso da poupança do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A modernização das regras de direcionamento visa otimizar o uso dos recursos e ampliar a oferta de crédito para a compra de imóveis.
Especificamente, o governo pretende redefinir a destinação dos depósitos compulsórios da poupança, liberando parte dos recursos atualmente mantidos pelo Banco Central para financiar a moradia. A medida busca aumentar a disponibilidade de capital para o setor imobiliário.
Haddad ressaltou que aqueles que tentam prejudicar o país estão equivocados. Ele argumentou que o sucesso eleitoral depende do desenvolvimento do país e da entrega de resultados positivos para a população.
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Dados Relevantes: Atualmente, 65% dos recursos captados pelos bancos da poupança são direcionados ao crédito imobiliário. 15% estão disponíveis para operações mais rentáveis e 20% permanecem com o Banco Central na forma de compulsório.
O SBPE acumula cerca de R$ 750 bilhões. A expectativa é que a medida injete R$ 20 bilhões imediatamente e até R$ 150 bilhões ao longo de 2026.
O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, mencionou que as mudanças visam oferecer uma alternativa de financiamento para a classe média, especialmente para famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil.
Haddad defendeu que a medida é crucial para evitar a retração do setor imobiliário e mitigar o impacto negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
A previsão é que, com essa alteração, a Caixa Econômica Federal financie mais 80 mil novas moradias até 2026.