Homem de Carla Zambelli tem bens bloqueados pela Justiça brasileira
Deputado Marco Zambelli tem conta bancária congelada pelo STF; Carla Zambelli espera definição sobre extradição na Itália após sentença por invasão ao CNJ.
Antônio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), teve sua conta bancária bloqueada por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A restrição está vinculada a processos em sigilo.
Aginaldo, que acompanhou a mulher na viagem à Europa, encontra-se atualmente em Israel e não possui previsão de retorno ao Brasil. As informações foram confirmadas pela defesa do casal.
O tenente-coronel da reserva da Polícia Militar e antigo comandante da Força Nacional, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Oliveira, foi afastado em junho do ano corrente do cargo de secretário de Segurança Pública de Caucaia, no Ceará.
Antes da exoneração, ele já havia solicitado afastamento do cargo por razões de “doença em pessoa da família”, conforme registrado no Diário Oficial do município.
Em maio, Carla Zambelli recebeu condenação a dez anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com a colaboração do hacker Walter Delgatti, que foi condenado a oito anos e três meses de prisão no mesmo processo. A intenção era promover a emissão de um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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Ela também foi condenada à perda do mandato parlamentar e ao pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, multa que também deverá ser paga por Delgatti.
Após a condenação, durante o andamento dos recursos, Zambelli viajou para a Europa e se tornou foragida da Justiça brasileira, porém foi presa na Itália em julho. Na ocasião, já havia sido decretado o trânsito em julgado da condenação. Ela permanece na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma.
Com o pedido de extradição protocolado pelo STF, a deputada licenciada espera pela decisão do país europeu sobre se será julgada na Itália ou se seguirá para o Brasil. Especialistas apontam que o processo de extradição pode levar de um ano e meio a dois anos.
Foi realizada uma nova audiência nesta quarta-feira, 13, mas ainda não houve decisão sobre se Zambelli poderá aguardar o processo em liberdade ou em regime de prisão domiciliar. Ela continuará presa até que a Justiça italiana avalie questões de saúde, após a deputada alegar ter passado mal naquele dia.
Fonte por: InfoMoney