A Portugal voltou a registrar um tornado de fogo, fenômeno raro e extremo que se forma em meio a incêndios florestais de grande intensidade. O episódio ocorreu na noite de sexta-feira (15), em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, onde moradores filmaram um vórtice de chamas se erguendo no meio da vegetação em chamas.
O chamado “redemoinho de fogo” ocorre quando o ar intensamente aquecido pelas chamas sobe rapidamente, gerando um vórtice que pode transportar, além das chamas, cinzas, brasas e destroços, aumentando os perigos para as equipes de resgate e para os moradores das áreas impactadas.
Este foi o segundo incidente registrado nesta temporada europeia. No sábado anterior (9), um evento similar foi notado em Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, durante um incêndio que persistiu por mais de 24 horas e colocou residências em risco.
O incêndio que originou o tornado mais recente começou na madrugada de quarta-feira (13), em Vila Boa, município de São Lourenço (Viseu), e se propagou para os concelhos vizinhos de Sernancelhe e Aguiar da Beira, em razão de altas temperaturas e ventos fortes.
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Alerta máximo.
Em razão do aumento dos incêndios, o governo português estendeu até domingo (17) o estado de alerta nacional, que vigorava desde 2 de agosto. A decisão foi comunicada pela ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, mantendo-se todas as restrições às atividades de risco em áreas rurais.
De acordo com dados iniciais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), mais de 75 mil hectares de cobertura vegetal já foram destruídos pelas queimadas em 2023 – representando mais da metade desse total nas últimas três semanas.
Refere-se à segunda maior área queimada desde 2017, ano em que o país sofreu a tragédia de Petrolândia, que resultou em mais de 60 mortos.
Fonte por: InfoMoney