Índice Ibovespa registra queda em dia de desvalorização de Raízen e alta de Hapvida; setores siderúrgicos inteiram-se em forte declínio

O Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, fechou com queda de 0,24%, situando-se em 136.355,78 pontos.

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São Paulo (Reuters) – O Ibovespa encerrou em queda branda nesta quinta-feira, com a divulgação dos resultados empresariais ditando o cenário, tendo Hapvida em alta após indicar perspectivas mais favoráveis para o segundo semestre, enquanto Raízen registrou forte queda com perdas bilionárias devido ao aumento da dívida.

O índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa, fechou com variação negativa de 0,24%, situando-se em 136.355,78 pontos. Houve mínima de 135.587,94 pontos e máxima de 137.436,74 pontos no dia. O volume financeiro da operação totalizou R$22,7 bilhões.

Segundo especialistas do Itaú BBA, em nota publicada no Diário do Grafista, o Ibovespa rompeu a trajetória de queda e apresenta desafios para continuar em sua trajetória máxima histórica.

O Ibovespa ultrapassou a barreira dos 137 mil pontos e voltou a fechar abaixo, indicando a incerteza do mercado no curto prazo. As próximas resistências apontam para os níveis de 139.400 e 141.600 pontos.

Na parte inferior, o índice identifica níveis de suporte nos 135.400, 134.400 e na área dos 131.500 pontos.

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Destaques

A HAPVIDA ON (HAPV3) subiu 8,29%, mesmo após o balanço do segundo trimestre revelar uma queda de quase 70% no lucro, com a gestão demonstrando otimismo para o segundo semestre e indicando que certos elementos que impactaram o resultado de abril a junho não deverão se repetir nos próximos trimestres.

O Grupo Ultra On (UGPA3) teve alta de 4,01%, com Ebitda ajustado de R$2,1 bilhões no segundo trimestre, em comparação com R$1,3 bilhão um ano antes, superando as expectativas do mercado. O conglomerado, proprietário da rede de postos Ipiranga e da Ultragaz, divulgou o anúncio de R$326 milhões em dividendos intermediários.

A RAÍZEN ON (RAIZ4) registrou queda diária de 12,5%, a maior variação percentual já observada no papel desde sua oferta pública inicial em 2021, fechando em mínima histórica de R$1,05. A empresa obteve prejuízo de R$1,8 bilhão na primeira safra 2025/26, com o endividamento líquido atingindo R$49,2 bilhões.

O Banco do Brasil ON (BBAS3) subiu 2,96% antes do balanço do segundo trimestre, que será divulgado após o fechamento do mercado. Investidores também esperam a divulgação de projeções feitas na ocasião da publicação do balanço do primeiro trimestre e sobre dividendos.

Ações como Itaú PN (ITUB4) apresentaram variação negativa de 0,13%, o Bradesco PN registrou queda de 0,74% e o Santander Brasil Unit caiu 0,52%.

O VALE ON (VALE3) cedeu 1,24%, influenciado pela queda dos contratos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian desvalorizou-se 2,94%. No setor, USIMINAS PNA (USIM5) caiu 7,19% e CSN ON (CSNA3) perdeu 6,06%, enquanto GERDAU PN (GGBR4) recuou 1,03%.

A Petrobras PN (PETR4) registrou queda de 1,28%, independentemente do avanço do petróleo no exterior, onde o barril do Brent subiu 1,84%. O balanço fiscal da empresa revelou que a estatal arrecadou R$131,7 bilhões para o governo no primeiro semestre.

A JBS (BDR: JBSS32), listada em Nova York, caiu 4,54%, com o desempenho do segundo trimestre sob atenção, juntamente com o anúncio de um programa de recompra de ações. A empresa também adquiriu uma fábrica de alimentos processados em Ankeny, no estado americano de Iowa, e declarou que investirá US$100 milhões no local.

AZEVEDO E TRAVASSOS ON (AZEV3) subiu 7,14%, após consórcio que tem um fundo da empresa entre os membros vencer nesta quinta-feira leilão da BR-060/364, trecho rodoviário de 490 quilômetros que liga Goiás ao Mato Grosso, com uma oferta de desconto de 19,70% sobre a tarifa básica de pedágio.

Fonte por: InfoMoney

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