Índice Stone aponta aumento nas vendas no varejo em julho, porém, queda em comparação com o ano de 2024

O crescimento mensal foi de 2,4% e a variação anual apresentou uma queda de 1,1%.

11/08/2025 6:08

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O varejo brasileiro registrou um crescimento de 2,4% em julho, conforme o Índice do Varejo Stone (IVS). Contudo, essa alta mensal foi impulsionada principalmente pelas vendas de combustíveis, enquanto houve uma queda de 1,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone, afirmou que o aumento das vendas em julho sinaliza uma recuperação parcial da atividade varejista, impulsionada pela resiliência do mercado de trabalho e seu impacto contínuo no consumo. Contudo, é relevante ressaltar que o nível de atividade do comércio ainda se encontra abaixo do registrado em 2024, o que sustenta a perspectiva de desaceleração da economia. A inflação demonstra sinais de amenização, embora essa redução pareça mais ligada à queda da atividade econômica do que a uma melhoria estrutural nos preços.

Apesar do aumento em julho, que ameniza a perda de 4,2% de junho, é necessário aguardar novos dados para determinar se a queda nas vendas do varejo se consolidou.

O indicador positivo deste mês é relevante, porém ainda insuficiente para reverter a tendência de desaceleração que temos acompanhado ao longo do ano. Será preciso observar os próximos meses para avaliar se estamos diante de uma inflexão consistente, com o início de um período de crescimento mais forte do varejo, ou apenas de uma oscilação pontual.

Gestoras demonstram cautela em relação ao Brasil e consideram o exterior como fator determinante no segundo semestre.

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Segmentos

Em julho, cinco dos oito segmentos avaliados apresentaram expansão. O setor de Material de Construção liderou o desempenho positivo, com aumento de 3,8%, seguido por Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (1,2%), Artigos Farmacêuticos (1,1%), Combustíveis e Lubrificantes (0,8%) e Tecidos, Vestuário e Calçados (0,7%).

O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria apresentou declínio de 3,6%, ao passo que o setor de Móveis e Eletrodomésticos registrou uma redução de 0,2%.

No final do período, o segmento de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Tabaco registrou estabilidade, com variação de 0,0%.

No comparativo anual, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes foi o único que apresentou crescimento entre os segmentos analisados, com aumento de 1%.

O segmento de Móveis e Eletrodomésticos apresentou queda de 8%, seguido por Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (3,1%), Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (2,4%), Material de Construção (1,5%), Tecidos, Vestuário e Calçados (1%), Artigos Farmacêuticos (0,2%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (0,1%).

Comércio eletrônico ganha mais espaço.

O comércio eletrônico teve uma redução de 6,8%, ao passo que o comércio físico apresentou um crescimento de 0,7% em julho. No comparativo anual, o digital também registrou uma retração de 18%, e o físico teve uma queda de 1,1%.

Fonte por: InfoMoney

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