Na última terça-feira, a Intelbras (INTB3) apresentou os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025, que apresentaram um desempenho ligeiramente abaixo das expectativas. A empresa registrou uma receita inferior ao esperado, similar ao trimestre anterior.
No entanto, observou-se um aumento positivo nas margens e no lucro líquido, impulsionado pela forte geração de caixa livre e pela melhoria no Retorno sobre o Capital Investido (ROIC).
Principais Resultados Financeiros
A receita líquida da Intelbras foi de R$ 1,12 bilhão, representando uma queda de 9,6% em relação ao ano anterior. Essa redução estava prevista, devido ao direcionamento de esforços da administração. A margem bruta alcançou 30,9%, superior às expectativas de 30,0% e do consenso de mercado de 30,1%.
Desempenho por Segmento
O segmento de segurança, o core business da companhia, apresentou crescimento de 4,4% em relação ao ano anterior, conforme o esperado. As áreas de Comunicação (TIC) e Energia registraram quedas de 13% e 39%, respectivamente, em comparação anual.
Resultados Operacionais
O EBITDA da Intelbras foi de R$ 144 milhões, abaixo das projeções de R$ 151 milhões e do mercado de R$ 155 milhões. A melhora na margem bruta resultou em uma margem EBITDA de 12,8%, superior à do trimestre anterior, apesar do aumento nas despesas gerais e administrativas, devido à menor diluição dos gastos em um cenário de vendas contidas.
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Desempenho Financeiro e Lucratividade
O resultado financeiro da Intelbras apresentou melhora significativa, impulsionada pela maior geração de caixa da empresa. Houve uma redução de 20% nas despesas financeiras, devido ao AVP mais forte, e um crescimento de 29% na receita financeira. O lucro líquido da Intelbras cresceu 14,3% a/a, atingindo R$ 147,9 milhões, superando as expectativas de R$ 138 milhões e o consenso de mercado de R$ 135 milhões.
Geração de Caixa e Recomendações
A forte geração de caixa livre, de R$ 349 milhões (excluindo financiamentos), foi um destaque positivo, atribuída à melhora no capital de giro. A empresa retornou à condição de caixa líquido, com mais caixa do que dívidas. Com base nesses resultados, a recomendação é de compra para ações INTB3, considerando um múltiplo P/L para o final de 2026 em 6,3x pelo consenso de mercado e 6,8x nas estimativas da empresa.
