Israel e Hamas: Trégua desmorona, EUA em crise e agenda do Brasil
EUA, Israel e Hamas: trégua desmorona sob crise bancária e tensões geopolíticas. Agenda internacional e brasileira em foco.

A Situação Econômica Global e Regional
A trégua entre Israel e o Hamas voltou a se deteriorar após novos ataques aéreos em Gaza e a suspensão do envio de ajuda humanitária, sob alegações de que o grupo teria violado o plano de paz proposto por Trump. O primeiro-ministro Netanyahu prometeu uma resposta contundente, enquanto o Hamas declarou manter seu compromisso com o cessar-fogo. No cenário regional, Paquistão e Afeganistão chegaram a um acordo de cessar-fogo após recentes confrontos fronteiriços, e no Japão, o partido Ishin avalia uma aliança com o Partido Liberal Democrata — movimento que pode oficializar Sanae Takaichi como primeira-ministra do país.
Na China, as terras raras continuam no centro do debate econômico global. Autoridades de Pequim tentam acalmar investidores ao afirmar que os controles mais rigorosos sobre exportações não afetarão o comércio internacional, embora as remessas tenham caído em setembro. Além disso, o crescimento chinês desacelerou para 4,8% no terceiro trimestre, em linha com as expectativas, sustentado pela produção industrial e pelas exportações, mas ainda limitado pela fraqueza do consumo doméstico e pelo prolongamento da crise imobiliária.
Já na Europa, a França sofreu um rebaixamento de sua nota de crédito pela S&P, de AA- para A+, refletindo a persistente fragilidade fiscal e o desafio de restaurar a credibilidade orçamentária.
Indicadores Econômicos e Políticos
No Brasil, a semana será marcada por uma intensa agenda de indicadores e eventos domésticos. Na quarta-feira, começa a temporada de balanços corporativos com os resultados de WEG e Romi, enquanto, na sexta, será divulgada a prévia da inflação oficial — o IPCA. O Banco Central tem como meta controlar a inflação, mas a economia ainda enfrenta desafios como o alto endividamento das famílias e a incerteza política.
Nos EUA, os mercados reencontraram algum alívio na sexta-feira, com os investidores recuperando parte das perdas geradas pelas incertezas em torno do sistema bancário americano. O ETF SPDR S&P Bank, que reflete o desempenho das maiores instituições financeiras americanas, subiu 1,4%, revertendo parte da queda de 5,4%. O movimento de recuperação foi impulsionado por uma série de análises positivas em Wall Street, que reforçaram a solidez do setor mesmo após o Zions Bancorp anunciar uma baixa contábil de US$ 50 milhões ligada a dois empréstimos corporativos.
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Tensões Geopolíticas
Donald Trump surpreendeu ao adotar um tom mais conciliador em relação à China, suavizando o discurso que havia dominado o mercado. O presidente reconheceu que a tarifa de 100% sobre produtos chineses — anunciada recentemente em retaliação às novas restrições de Pequim à exportação de terras raras — não seria “sustentável” no longo prazo, confirmando que pretende se reunir com Xi Jinping durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), na Coreia do Sul, no fim do mês, e elogiou o líder chinês, descrevendo a relação bilateral como “construtiva”. No fim de semana, autoridades confirmaram que EUA e China devem abrir uma nova rodada de negociações comerciais já nesta semana, reacendendo expectativas de um diálogo.
Donald Trump abriu uma nova frente de tensão na América Latina ao atacar duramente o presidente da Colômbia, Gustavo Petro. Em tom provocativo, o presidente americano chamou Petro de “líder do tráfico ilegal de drogas” e anunciou o fim de toda a assistência financeira dos Estados Unidos ao país, acusando o governo colombiano de não agir com firmeza para conter o fluxo de narcóticos em direção ao território norteamericano. A Colômbia — tradicional aliada de Washington nas últimas décadas — vinha recebendo cerca de US$ 700 milhões anuais em ajuda externa, cifra reduzida recentemente para US$ 230 milhões.
Novas Alianças e Investimentos
Um consórcio formado por BlackRock, Nvidia, Microsoft e xAI anunciou, na última semana, a compra da Aligned Data Centers por aproximadamente US$ 40 bilhões, configurando um dos maiores negócios já realizados no setor de infraestrutura voltada à inteligência artificial. A Aligned, atualmente controlada pela Macquarie Asset Management, é especializada na operação de data centers nas Américas e deve se tornar um elo estratégico na corrida global por capacidade computacional — um ativo cada vez mais escasso e valioso diante do crescimento exponencial dos modelos de IA generativa.
Paralelamente, a CoreWeave — empresa de computação em nuvem especializada em IA e também apoiada pela Nvidia — anunciou uma parceria com a…
Autor(a):
Redação
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