Itaú (ITUB4) contra Itaúsa (ITSA4): qual delas pagará mais dividendos em 2025?

A empresa controladora investe em ações com perspectiva de longo prazo, contudo, necessita do Banco Itaú para sustentar sua velocidade.

12/08/2025 12:19

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OÂ ItaÚ (ITUB4) obteve um lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre de 2025, 14,3% superior ao mesmo período de 2024. Foi um resultado consistente, afirmaram os especialistas. Já sua holding, a Itaúsa (ITSA4), apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 4 bilhões, um crescimento de 11% na comparação com abril e junho do ano passado.

Apesar dos bancos privados geralmente se destacarem em períodos de bons resultados, é a holding que antecipa o pagamento de dividendos – e, até o momento, os dados indicam que isso poderá ocorrer novamente em 2025.

O rendimento acumulado do dividendo da Itaúsa, considerando o período de 2019 a 2025, atingiu 46,01%, com uma média anual de 6,57%.

O rendimento total do dividendo acumulado do Itaú no período foi de 38,87%, com uma média anual de 5,55%. Os dados são de levantamento da Quantum do ano passado, atualizados com relatórios de corretoras.

Em 2025, a rentabilidade com dividendo da Itaúsa é de 8,09%, com previsão de atingir cerca de 9% até o final do ano, enquanto a do Itaú é de 7,28%, com projeção de ficar abaixo dos 8%.

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Qual o motivo pelo qual a holding pode distribuir maiores dividendos do que o Itaú?

Uma holding pode distribuir maiores dividendos de suas subsidiárias devido a uma estrutura administrativa mais enxuta, menor necessidade de reinvestir seus resultados em inovação, tecnologia e outras despesas operacionais, conforme apontam especialistas.

Adicionalmente, uma holding possui um portfólio diversificado de empresas, o que potencializa os resultados. A Itaúsa, por exemplo, detém 37,7% do Itaú Unibranco, mas também possui 48,9% da Copa Energia, 37,8% da Dexco (DXCO3), 29,5% da Alpargatas (ALPA4), 10,3% da Motiva (MOTV3), 12,9% da Aegea e 8% da NTS, conforme seu site.

As participações societárias em diversas empresas influenciam o desempenho das holdings, que varia conforme a evolução dos resultados das empresas em que investem, afirmou Wendell Finotti, CEO da Meu Dividendo.

Quais são as perspectivas para os dividendos em 2025?

A Itaúsa (ITSA4) comunicou na segunda-feira (11) que distribuirá R$ 2,7 bilhões (R$ 0,245 por ação) em juros sobre capital próprio (JCP) em 29 de agosto, referentes ao exercício social de 2025.

O JCP é um tipo de remuneração empregada por empresas de capital aberto, destinado a repassar uma parcela dos resultados aos acionistas. Distinza-se dos dividendos, sendo tributado diretamente na fonte com uma alíquota de 15%.

A Itaúsa possui uma política de remuneração aos acionistas que compreende pagamentos trimestrais e proventos adicionais. A projeção mínima para o segundo semestre de 2025 é de R$ 0,04 líquidos por ação (R$ 0,02 para o 3T25 e R$ 0,02 para o 4T25), com alta probabilidade de proventos adicionais serem anunciados, em linha com a tendência de remuneração atrativa aos acionistas, conforme declarado por Finotti.

Felipe Sant’Anna, especialista em investimentos da Axia Investing, afirmou que acredita que a política de distribuição de dividendos da holding será mantida, “sempre atento às orientações do banco e diversificando seu portfólio”. “No entanto, não acredito que o DY ultrapasse 9%, por cautela e preservação de caixa, considerando que temos uma eleição no horizonte e incertezas”, complementou.

O Itaú anunciou na semana passada a aprovação do pagamento de JCP de R$ 0,3634 por ação, com direito aos acionistas que mantiveram posição registrada em 18 de agosto. Adicionalmente, em mesmo dia, será efetuado o pagamento dos JCP já declarados em 29 de maio de 2025, no valor bruto de R$ 0,3341 por ação, correspondente a R$ 0,283985 líquidos por ação.

“Há pelo menos cinco anos ouvimos promessas de aumento no DY para o Itaú, mas até agora nada de substancial, por isso, entendo que o DY deve ser mantido na média dos últimos 12 meses, na casa de 8%”, afirmou Sant’Anna.

Fonte por: InfoMoney

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