Líder do Republicanos informa a Lula que Tarcísio não disputará a vaga no Palácio do Planalto
Lula mencionou, em encontro com lideranças do Republicanos, a hipótese de o governador ser seu oponente na disputa pela presidência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes do Republicanos trataram da viabilidade de uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para a presidência.
Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter convicção de que Tarcísio de Freitas concorrerá à Presidência no próximo ano, e que Jair Bolsonaro não teria alternativa a não ser apoiá-lo. Marcos Pereira, presidente do Republicanos, permaneceu em silêncio durante o evento, enfatizando que o projeto político do governador é buscar a reeleição em São Paulo.
Na hora do almoço, que ocorreu no Palácio do Alvorada, o petista solicitou o apoio do partido para projetos que são de prioridade do governo no Congresso, incluindo a implementação de um vale-gás, o que aumenta a abrangência da isenção do Imposto de Renda e a regulamentação das redes sociais, que será encaminhado, e o que está em análise na Câmara para evitar a precoce exposição a conteúdos adultos nas redes sociais.
Além de Lula e Pereira, também participaram do encontro o presidente da Câmara, Hugo Motta, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o líder do partido na Câmara, Gilberto Abramo (MG).
Leia também:

Petrobras lança processo de seleção para a primeira usina de BioQAV e diesel renovável em SP

Lula e Macron concordam em finalizar o diálogo para a assinatura do acordo UE-Mercosul

A inflação no Reino Unido aumentou em julho, mas não devido à dissolução do Oasis
Hugo Motta e Marcos Pereira, após o encontro com Lula, compareceram a um jantar organizado pelo presidente do União Brasil, Antonio Rueda, com a presença de vários líderes da oposição.
Motta permaneceu pouco tempo no evento, realizado na residência de Rueda em Brasília, e se retirou em menos de trinta minutos.
O jantar incluiu, além do presidente do União Brasil, o anfitrião, e o líder do Republicanos, a presença dos presidentes partidários Valdemar Costa Neto (PL), Gilberto Kassab (PSD), Ciro Nogueira (PP) e Baleia Rossi (MDB).
Tarcísio de Freitas também estava presente, juntamente com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que se apresentam como pré-candidatos à presidência.
Os presidentes dos partidos demonstraram otimismo em relação à possibilidade de união ainda no primeiro turno da eleição presidencial. Apesar disso, com exceção do PL, todos os presentes possuem ministros no governo, e existe uma tentativa de construir um projeto nacional de oposição a Lula. O governador de São Paulo é citado, principalmente por dirigentes do União Brasil e do PP, que devem formar uma federação, como o nome que deve aglutinar essas legendas.
Apesar disso, o que se discute é que ainda é cedo para determinar quais nomes concorrem à presidência. Foram três pré-candidatos (Tarcísio, Zéga e Caiado) e o governador do Paraná, Ratinho, que também está cotado. O objetivo é que esses seis partidos, representados por seus presidentes, consigam construir um projeto para o país, preservando as divergências e as indicações dos pré-candidatos. Não há dúvida que esse grupo de pessoas que está presente estará, no mínimo, no segundo turno unido.
Já Caiado afirmou que uma pré-candidatura única, se definida agora, seria alvo do governo Lula e deveria ficar enfraquecida.
Se dispusesse de um candidato com a envergadura do nome, como Bolsonaro, seria uma discussão, um confronto entre os dois (entre Bolsonaro e Lula). Não sendo candidato, todos nós temos uma região que conhecemos mais, que possui maior abrangência. Quando se concentra em torno de um nome, o PT, ou seja, o governo, que não tem escrúpulos para agir com a máquina, vai criar um inferno na vida desse governador.
Fonte por: InfoMoney