Light: ação da Light sofre queda após dois trimestres negativos; UBS BB mantém recomendação de venda e projeta queda de 45%
A UBS BB estabeleceu um preço-alvo de R$ 4 para os ativos, em contraste com R$ 7,30 do fechamento anterior.
Após dados abaixo do consenso no segundo trimestre de 2025, a Light (LIGT3) teve suas ações cair mais de 13% nesta quarta-feira (13). Às 14h13 (horário de Brasília), a ação LIGT3 cedia 14,66%, a R$ 6,23.
A companhia distribuidora do estado do Rio de Janeiro obteve prejuízo líquido de R$ 51 milhões no segundo trimestre do ano, com uma leve redução de 0,6% em relação aos R$ 52 milhões de prejuízo registrados no ano anterior. O resultado negativo foi significativamente inferior à expectativa de lucro líquido de R$ 276 milhões prevista pelo mercado.
No período de janeiro a junho, a empresa obteve lucro líquido de R$ 368 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 409 milhões registrado nos primeiros seis meses de 2024.
De abril a junho, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) atingiu R$ 329 milhões, com uma redução de 58,2% em relação ao ano anterior. Segundo a UBS BB, o valor ficou 45% inferior à expectativa do mercado. No período acumulado até junho, o Ebitda ajustado da empresa somou R$ 908 milhões, apresentando uma queda de 16,3%.
A receita líquida do período totalizou R$ 3,456 bilhões, redução de 7,1% em relação ao mesmo intervalo de 2024. Nos primeiros seis meses do ano, a receita da empresa aumentou 22%, para R$ 7,199 bilhões.
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No final de junho, a dívida líquida da Light era de R$ 6,461 bilhões, representando uma redução de 32,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
As perdas não técnicas mantiveram-se em 70,7% em comparação com o trimestre anterior. O resultado financeiro líquido apresentou uma melhoria significativa em relação ao ano anterior, atingindo -R$ 21 milhões, em comparação com -R$ 598 milhões no segundo trimestre de 2024.
A visibilidade sobre o desempenho futuro da Light permanece limitada e espera-se que a empresa se concentre em assegurar a renovação de sua concessão de distribuição de energia, avaliam os analistas do UBS BB.
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Em 2025, prevê-se que a empresa priorize a renovação de sua concessão de distribuição de energia.
A equipe de análise aponta que a empresa enfrenta uma situação crítica, com perspectivas de recuperação restritas, deterioração das operações, passivos financeiros consideráveis e incerteza regulatória que pode resultar no retorno da garantia em 2026.
A recomendação do UBS BB é de compra, com preço-alvo de R$ 4, ou um valor 45% inferior aos R$ 7,30 de fechamento do dia anterior.
(com Estadão Conteúdo)
Fonte por: InfoMoney