Lugui Impulsiona Digitalização do Mercado Imobiliário
No final do primeiro ano de operação, a Lugui já garantiu um metro quadrado no mercado imobiliário. A plataforma observou um crescimento expressivo, com o volume de consultas mensais disparando 15 vezes, passando de 40 para mais de 1.000 em apenas três meses.
A startup visa automatizar a etapa final do processo de aluguel, que tradicionalmente envolve a ansiedade do futuro inquilino. Após a visita ao imóvel, a imobiliária precisa revisar documentos e formalizar a assinatura do contrato.
A proposta central é eliminar a burocracia que consome tempo e recursos das imobiliárias nesse período, otimizando o fluxo de trabalho.
Com essa estratégia, a Lugui projeta alcançar uma receita anualizada de R$ 1 milhão até o fim de 2025.
“Vamos transformar essa realidade com um novo modelo operacional e o uso de agentes de inteligência artificial”, declara Thomaz Guz, CEO da Lugui.
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Antes de fundar a startup, Guz foi sócio do Uotel (anteriormente Nomah, que encerrou suas atividades em 2023), uma empresa que gerenciava imóveis para investidores e foi adquirida pela Loft em 2020.
O Brasil conta com mais de 70 mil imobiliárias que ainda resistem à digitalização. A estimativa do CEO e do sócio, João Campista, é que 70% do tempo dos funcionários seja dedicado a tarefas repetitivas.
Outras startups, como CredAluga, CUB e Quill, também buscam modernizar os processos, oferecendo ferramentas para agilizar a análise de crédito, a cobrança de aluguéis e a emissão de contratos.
Como a Lugui atua nesse cenário? A plataforma utiliza inteligência artificial para automatizar tarefas manuais, como a análise de crédito e a verificação de documentos. Uma imobiliária pode enviar um arquivo ou foto de uma planilha com CPFs, e o sistema retorna com a análise de crédito completa.
O sistema verifica dados e emite relatórios automaticamente, sem a necessidade de intervenção humana. Além disso, a Lugui automatiza o envio e a assinatura de contratos via WhatsApp, eliminando o “vai e volta” entre imobiliária e inquilino. “Ao invés de pedir documentos várias vezes e gerar relatórios manualmente, nosso sistema faz tudo em minutos”, explica Guz.
O objetivo final é criar uma plataforma que realize todo o trabalho operacional. A startup obteve R$ 1,5 milhão em sua primeira rodada de investimentos, atraindo executivos de empresas como Microsoft, Nubank e Mercado Livre, além de investidores como Ernani Assis (Remax) e Admar Cruz (ex Casa Mineira e Quinto Andar).
Esses recursos estão acelerando o crescimento da plataforma, que conta com três desenvolvedores, incluindo um ex-Amazon. A Lugui também atraiu a atenção de imobiliárias como Auxiliadora Predial, Cardinali e Guaíra, totalizando mais de 20.000 unidades que transacionam mais de R$ 500 milhões em aluguéis. A meta é alcançar 300 usuários até o fim de 2025 e expandir para mais de 100 imobiliárias.