Luiz Derrite abre caminho para disputar governo de SP sem Tarcísio
Randulpho Marinho resiste a disputar Palácio dos Bandeirantes e segue com chapa forte para o Senado.

Candidatura de Guilherme Derrite ao Governo de São Paulo em Debate
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), tem demonstrado flexibilidade em relação à sua trajetória política, admitindo a possibilidade de ser candidato a governador, conforme revelam conversas reservadas com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Essa mudança ocorre em um cenário onde Derrite vinha focando em uma candidatura ao Senado, acreditando no apoio de Jair Bolsonaro (PL) e na viabilidade de ser o candidato bolsonarista na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. A prioridade do grupo de Bolsonaro é eleger senadores para realizar o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente do PP de São Paulo, Maurício Neves, ressalta que a decisão sobre a candidatura de Derrite não depende exclusivamente do secretário, mas sim de sua própria vontade. A saída de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), autoexilado nos Estados Unidos e envolvido em denúncias de coação, consolida Derrite como um nome forte na disputa senatorial. A expectativa é que ele se destaque como defensor da segurança pública, um tema central na agenda do governo Tarcísio de Freitas.
O jantar na casa do advogado Fernando José da Costa, com a presença de Tarcísio, Hugo Motta (Republicanos), José Augusto Coutinho, Artur Dian, Osvaldo Nico e Maurício Neves, teve como objetivo principal discutir ações legislativas efetivas para o enfrentamento do crime organizado, da reincidência criminal e da impunidade no Brasil. O grupo acredita que a redução da insegurança acontecerá a partir do trabalho integrado entre todas as esferas, da sociedade civil ao parlamento. Além disso, o encontro visava demonstrar apoio e respaldo político do governo Tarcísio e do PP a Hugo Motta, que estava sendo criticado tanto pela esquerda quanto pela direita.
Apesar dos desafios à frente da Segurança Pública paulista, como o recente assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, e o aumento de mortes causadas por policiais, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o secretário Guilherme Derrite optou por manter-se no cargo, acreditando que pode colaborar com a discussão sobre o tema, mesmo sem deixar o governo.
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