Magistrado mantém condenação de executivo à pena de reclusão por homicídio de colega que trabalhava como varredor de rua em Belo Horizonte

Renê Nogueira Junior, casado com uma delegada, é acusado de agir com frieza durante o trabalho da vítima.

13/08/2025 18:37

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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou a prisão preventiva do empresário Renê da Silva Nogueira Junior, sob acusação de ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes em um confronto de rua em Belo Horizonte.

A decisão, julgada na audiência de custódia nesta quarta-feira (13), baseou-se na gravidade do delito e na necessidade de assegurar a ordem pública, conforme apurado pelo portal UOL, que teve acesso à mesma.

O juiz Leonardo Vieira Rocha Damasceno avaliou a conduta do empresário como “desproporcional e fria”, declarando que o acusado exibe “periculosidade acentuada e total desrespeito pela vida humana”. A defesa solicitou a suspensão da prisão, justificando bons antecedentes, residência fixa e ausência de histórico criminal, porém o pedido foi rejeitado.

O incidente ocorreu na segunda-feira (11), quando Laudemir, empregado de uma empresa contratada pela Prefeitura de Belo Horizonte, estava recolhendo lixo com seus colegas. De acordo com a Polícia Militar, René ficou irritado com o espaço ocupado pelo caminhão de coleta e solicitou que o veículo avançasse. Testemunhas informaram que ele ameaçou atirar na direção da motorista do veículo.

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Laudemir e demais garis intervieram em apoio à colega, instante em que René retirou uma arma e disparou contra o tórax da vítima. O gari foi socorrido e encaminhado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, porém não sobreviveu aos ferimentos.

Após o crime, o empresário fugiu e foi encontrado horas depois, durante o treino em uma academia de alto padrão no bairro Estoril, região nobre da capital. A polícia estabeleceu um cerco para impedir sua fuga e o deteve com as vestimentas de ginástica, disfarçando o rosto para evitar as câmeras.

A polícia investiga se ele detinha posse legal de arma de fogo e se a pistola usada no crime era sua ou da esposa.

Fonte por: InfoMoney

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