Mercado de Escritórios em SP: Faria Lima vs. Chucri Zaidan Apresentam Cenários Opósticos

Mercado imobiliário de escritórios em SP: Faria Lima tem preços estáveis, enquanto Chucri Zaidan enfrenta alta vacância e aluguéis elevados. Análise de Ricardo Almendra (RBR Asset) aponta para cenário dual

06/11/2025 17:47

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O mercado de escritórios em São Paulo apresenta um cenário dual, com dinâmicas distintas em diferentes regiões. Enquanto a área da Marginal do Pinheiros, especialmente o trecho da Chucri Zaidan, registra alta vacância e aluguéis elevados, a Faria Lima demonstra uma competição acirrada por espaço e preços relativamente estáveis.

Essa divergência, segundo análises da RBR Asset e de outros especialistas, influencia os valores na região mais nobre da cidade.

Análise da RBR Asset

Ricardo Almendra, CEO e sócio-fundador da RBR Asset, destaca o contraste entre os dois mercados. Na Faria Lima, a pressão é pela ocupação, enquanto na Chucri Zaidan, a oferta excessiva exerce pressão sobre os preços. Ele estima que novos empreendimentos, como o Esther Towers e o Alto das Nações, adicionarão entre 200 mil e 500 mil metros quadrados ao estoque da região nos próximos anos.

Histórico de Preços

Almendra ressalta que, ao longo de mais de uma década, os preços na Chucri Zaidan permaneceram em níveis nominais, enquanto na Faria Lima, os aluguéis acompanharam a inflação desde 2015, com correções de preços que, ao serem corrigidas pela inflação, se aproximam dos valores atuais.

Impacto da Vacância

A composição da vacância também é um fator crucial. Prédios totalmente vazios têm um impacto maior no mercado do que edifícios com áreas ociosas em pequena escala. Proprietários de grandes imóveis oferecem condições especiais, como reformas para inquilinos, para tentar preencher rapidamente os espaços, o que exerce pressão sobre o mercado local.

Leia também:

Condições do Mercado Atual

Rodrigo Abbud, head de Real Estate Brasil do Patria, complementa que o cenário atual dificulta a retomada da construção civil fora dos eixos premium, devido à alta vacância e à taxa Selic em 15%. Ele afirma que novos empreendimentos só se viabilizam em cenários específicos, considerando o custo de construção, que varia entre R$ 12 mil e R$ 15 mil por metro quadrado.

Autor(a):

Responsável pela produção, revisão e publicação de matérias jornalísticas no portal, com foco em qualidade editorial, veracidade das informações e atualizações em tempo real.