Mercado de juros encerra-se próximo da estabilidade, com atenção aos dados dos EUA
A taxa para janeiro de 2031 era de 13,38%, em comparação com 13,403% na taxa anterior.
As taxas das DIs ficaram estáveis nesta sexta-feira, devido à ausência de eventos domésticos e à análise de dados econômicos conflitantes nos Estados Unidos, que não motivaram mudanças nos prêmios de risco do Brasil.
Na sessão do dia anterior, a taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 era de 13,943%, e no dia seguinte, registrou 13,92%. A taxa para janeiro de 2028 era de 13,208%, ante 13,2%.
Os contratos de longo prazo apresentavam uma taxa de 13,38%, em comparação com 13,403% no ajuste anterior, para janeiro de 2031, e uma taxa de 13,52%, em relação a 13,554% para janeiro de 2033.
Os investidores concentraram-se quase que totalmente no cenário externo nesta sessão, analisando a divulgação de uma série de indicadores econômicos da maior economia do mundo em busca de informações sobre a trajetória da política monetária do Federal Reserve.
Um relatório evidenciou que as vendas no varejo americano desaceleraram em julho em comparação com o mês anterior, conforme previsto por economistas da Reuters. No mês, houve um aumento de 0,5%, em contraposição a um crescimento de 0,9% em junho.
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Outro relatório indicou que os preços de importação nos EUA apresentaram um aumento inesperado em julho, de 0,4%, em comparação com uma queda de 0,1% no mês anterior e a estabilidade prevista em pesquisa da Reuters. Os números geraram preocupações sobre os efeitos das tarifas dos EUA na economia.
A agenda repleta de indicadores, que compreendeu ainda números de confiança do consumidor e de produção manufatureira nos EUA, não alterou as expectativas de que o banco central do país retome o ciclo de cortes na taxa de juros em seu próximo encontro, em setembro.
Operadores estão precificando 84% de probabilidade de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa em setembro, conforme dados da LSEG, inferior aos 93% do dia anterior, porém ainda um nível elevado de confiança no afrouxamento da política monetária.
Os dados mistos de hoje mantiveram vivas as expectativas de corte de juros na próxima reunião. Não foram informações conclusivas o suficiente para alterar essa expectativa. E o cenário interno está parado, afirmou João Duarte, especialista em câmbio da One Investimentos.
O título do Treasury de dois anos, que indica as expectativas para as taxas de juros de curto prazo, subiu 2 pontos-base, atingindo 3,759%.
Na esfera doméstica, a atenção dos investidores concentra-se no conflito comercial entre Brasil e Estados Unidos, à medida que o governo brasileiro persiste em negociar a taxa de 50% aplicada pelo presidente Donald Trump sobre os produtos do país. Não houve atualizações recentes sobre o tema.
Na quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou medida provisória que estabelece um plano de contingência para empresas impactadas pela taxação, com a inclusão de uma linha de crédito no valor de R$30 bilhões.
Fonte por: InfoMoney